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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: SEGURA ESSA! Nos bons 1965, o valente Leônidas, um destemido comerciante de peles de animais silvestres reinava como valentão na terra de Figueira! Um metro e 80 de músculos adquiridos na fisiocultura com halteres. Prática essa que lhe rendeu a lenda de modelo másculo, de então. Calça apertada, camisa preta comprida, empunhadeiras de couro cravejadas com metal alpaca nos pulsos, botinha importada, olhar desafiador e impune. Metia medo nos passantes do Mercado Municipal, onde tinha o seu comércio clandestino de peles e animais. Como era um fanfarrão protegido de uma autoridade pública e no exercício de sua bazófia botava todo mundo para correr. Era só tomar umas e o bicho pegava! Certa feita foi contratado por um empresário proprietário do imóvel onde se encontrava instalado o restaurante da rodoviária. Severino, um nordestino o inquilino, que explorava o ponto mediante contrato estava ficando rico de tanto movimento. O dono do imóvel queria dobrar o aluguel na marra, mas o contrato o impedia. Mandou o valentão dar um susto no comerciante, prevendo que o mesmo ficaria com medo e entregaria o imóvel. Munido de uma metralhadora Ina, enrolada em um saco de estopa e posto na bagageira da bicicleta sueca, o valentão parou à porta do restaurante, desembrulhou a metralhadora e chamou o comerciante pelo nome. Como as paredes eram de espelho, o homem viu a arma apontada, abaixou-se e gramou o beco. O valentão para completar a história ao bom estilo hollyhwoodiano deu uma rajada de balas nos espelhos. Ato seguinte, quando viu a besteira que havia cometido, se refugiou na sua casa à rua Belo Horizonte 413, confluência com a rua Coronel Antonio do Anjos. Um efetivo policial militar deu cerco ao imóvel e um sargento ao megafone pediu a rendição do acusado e a entrega da arma de uso exclusivo da PM. O homem cercado, além de valente era esperto. Apanhou uma onça viva que estava em cativeiro em uma jaula no quintal da sua casa e levou-a para próximo da porta de entrada, já entreaberta. Anunciou a sua rendição, mas exigiu que os policiais abaixassem os fuzis. Abriu a portinhola da jaula e cutucou o traseiro da pintada com o cabo de uma vassoura. A bicha feroz pulou para fora, deu uns altíssimos esturros e afugentou o efetivo que bateu em retirada em decorrência do inusitado da ação! A rua ficou forrada de fuzis e capacetes e a meninada que aplaudia da esquina correu com mijando de medo, pernas abaixo! Foi um festival grotesco e laxativo! O animal assustado foi se esconder em uma mata que ficava nos fundos da sede do DER, no Bairro São José próximo. Chamado, o comerciante Waldir Macedo, caçador profissional, preparou a sua matilha de cães de caça, e ajuntou amigos caçadores. Deram o cerco à pintada, os cachorros uivando, acuando e quando o animal moveu-se recebeu uma saraivada de tiros de espingardas Boito 16 e carabinas do papo amarelo, morrendo, sem chance. Nós somos da roças, mas somos chiques!

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