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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 10 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°34210
De: Luiz de Paula Data: Sexta 18/4/2008 17:41:56
Cidade: Montes Claros/MG

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 5)

COMEÇANDO A ENTENDER A VIDA

Procuro relembrar os primeiros tempos de minha vida, meus sentimentos e observações, na quadra em que começava a entender as coisas à minha volta.
A família era muito importante para mim.
O mundo tinha um cheiro muito bom e a vida era boa na forma pela qual se me apresentava.
Naturalmente eu não tinha idéia sobre outros tipos de vida e ainda não chegava à minha percepção o que viria a ser pobreza ou riqueza.
Gostava de meus pais e de meus irmãos e recebia a vida do jeito que ela me era apresentada.
Pelo exemplo e pela convivência materna, amava a Deus, aos santos, anjos e arcanjos. E temia o demônio.
No mais tinha a mente e o coração abertos para cada novo dia e para tudo de novo que ia chegando à proporção que aumentava a minha idade e com ela a percepção do que ocorria em volta e de minha própria participação.
Aos 5 anos perguntei à Maria Pretinha, uma boa mulher, nossa vizinha, o que vinha a seguir, quando acabava a Terra. Ela respondeu: “é o mar”.
Isso deixou minha mente livre para pensar em coisas mais próximas.
Ainda não haviam sido inventados o rádio nem a televisão. Todo o tempo estava disponível para o convívio com pessoas e com a natureza.
Assim eu pude fazer meu aprendizado a partir da vida simples do povoado. A rua era estrada de terra, por onde passavam boiadas e tropas de burros.
A água era de cisternas, a luz de azeite de mamona e querosene. Não havia igreja, nem médico, nem farmácia. A escola, quando afinal foi criada, com o nome de ESCOLA RURAL MIXTA (com x), ensinava só até o segundo ano primário. Dela guardo meu diploma, com carinho e respeito.
Tive sempre muita sensibilidade para os cheiros, as cores, as belezas e a musicalidade do mundo. Ai também importou muito o exemplo materno. E, naturalmente, a herança genética que me passou.
Cada dia trazia suas surpresas, para o aprendiz da vida. E com as variações do tempo iam acontecendo muitas coisas boas, sempre prometidas e valorizadas pelas observações da mãe: as chuvas, as frutas, as festas de maio, as fogueiras de junho, os embarques de gado no curral de ferro da Central do Brasil, as noites de lua para se brincar de pique, e de soldado, para cantar com as meninas. Para ouvir e contar histórias. As aventuras ampliavam-se com o passar do tempo: fazer “tocadeiras” de arame grosso e tocar arcos (arcos de barril e de ferro, retirados de cubos de carroças e carroções); o banho nos regatos e mais tarde no Rio das Velhas; as pescarias, inicialmente de piabas, e depois de peixes maiores; as caçadas com bodoques e estilingues e mais adiante com espingardinhas de espoletas de papel e canos de cabo de chapéu-de-sol e de bronze. E outras tantas coisas, como fazer e comer batida de ovos com rapadura e farinha de mandioca. Assar milho e batatas doces nas fogueiras do mês de junho. Presenciar a matança de porcos e de gado bovino. Montar em cavalos em pêlo para levá-los aos pastos.
Jogava futebol com os meninos de minha idade, com laranjas verdes e bolas de meia. As bolas de borracha estavam chegando ao comércio, mas o dinheiro era muito escasso. À noite brincávamos de soldado e de pique.

A RUA

Quase toda a povoação estava naquela rua, que se espichava, acompanhando paralelamente o trajeto da linha férrea, em toda a extensão do povoado.
Era a rua do comércio e nela residia quase toda a população do lugar. Dela saiam alguns becos, em direção ao rio. A rua não tinha nome. Era a rua. Os becos tinham: Beco de Zé de Melo, Beco de “seu” Tico, Beco de Atanázio, Beco de Biló.
Dois becos transpunham os trilhos para o outro lado da ferrovia. Esses não tinham nome.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°34204
De: Helder Data: Sexta 18/4/2008 16:08:54
Cidade: Montes Claros

Olorosas: perfumadas, cheirosas
Olor: cheiro

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Mensagem N°34201
De: Darlem Maniche Data: Sexta 18/4/2008 15:41:10
Cidade: MG  País: Brasil

Gostaria de parabenizar o jornal pelo trabalho que vem desenvolvendo. Sou Médico e adoro ver as noticias..

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Mensagem N°34200
De: Fantini Data: Sexta 18/4/2008 14:26:51
Cidade: Urucuia, MG

Não há mais quem olhe para o céu. Há uma lua cheia nos céus.

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Mensagem N°34199
De: Ulysses Data: Sexta 18/4/2008 14:25:32
Cidade: M. Claros

Pronto. Uberlândia, a cidade mais rica do interior de Minas, entrou para o PAC. O Norte de MInas, a região mais pobre, lambe os dedos. Não há, até agora, praticamente nada para nós.

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Mensagem N°34197
De: Waldyr Senna Data: Sexta 18/4/2008 13:50:06
Cidade: Montes Claros

O exemplo de Magalhães Pinto

Waldyr Senna Batista

Foi significativa a iniciativa do presidente da Câmara municipal, Coriolano Ribeiro, com empresários, de trazer a Montes Claros o superintendente da Sudene, Paulo Fontana. Aquele órgão está em fase de reestruturação e seu dirigente passou antes por Belo Horizonte, onde conversou com o governador Aécio Neves e com líderes de entidades empresariais.
Do trabalho agora iniciado não se deve esperar resultados imediatos, mas é preciso reconhecer que ele serviu para marcar posição e recolher informações. Falou-se, por exemplo, em entendimentos em curso para a absorção de empreendimentos na área do projeto Jaíba, com recursos do FNE, via Sudene e Banco do Nordeste. O projeto deverá ser elaborado.
Há muito o que fazer para recompor a antiga imagem do órgão idealizado por Celso Furtado, por delegação do presidente Juscelino Kubitschek, com a missão de promover o desenvolvimento do Nordeste. O Norte de Minas ficou de fora, embora compusesse a área do Polígono das Secas, e só mais tarde foi incluído, graças a projeto do deputado José Bonifácio, por gestões de José Carlos de Lima. As metas iniciais foram alcançadas, mas o descontrole administrativo, a corrupção e a redução dos incentivos fiscais, entre outros itens, levaram ao fim da Sudene, no governo Fernando Henrique Cardoso. Ele optou pela extinção, substituindo a Sudene por um simulacro, o Idene, quando o correto seria apurar as falcatruas e punir os culpados. Ninguém foi preso. A recriação da autarquia tornou-se, assim, imperativo para o atual governo, que no entanto também não cuidou de apurar a roubalheira.
A morosa tramitação, no Congresso, do projeto de refundação da autarquia deu a impressão de pouco interesse do governo. O presidente falastrão, nordestino que aluga os ouvidos dos brasileiros para temas de muito menor relevância, deixou passar a oportunidade de mais uma vez criticar seu antecessor, só que agora com justificada razão. E esse claro desinteresse prevalece.
O superintendente Paulo Fontana assegurou que não faltarão recursos para bons projetos que venham a ser apresentados, dizendo que dispõe de R$ 1,3 bilhão em caixa e mais a possibilidade de recuperar R$ 5,6 bilhões que estão bloqueados desde 2001. Ele falou em possibilidade, não sendo certo que esse dinheiro virá, numa fase em que o governo está cortando tudo o que pode para recompor sua receita devido à extinção da CPMF. Só escapam projetos constantes do PAC, sua bandeira para ações eleitorais futuras. E vale lembrar que a desoneração fiscal não chega a entusiasmar esse governo, mas é a principal forma de sustentação da Sudene, através dos incentivos fiscais.
No que se refere ao Norte de Minas, convém lembrar que a Sudene só beneficiou a região a partir da iniciativa do governador Magalhães Pinto, que utilizou os incentivos fiscais para a implantação do Frigonorte em Montes Claros. Lançado como empresa de economia mista, com o controle de seu capital assumido pelo Estado, o governador prometeu abrir mão dessa condição desde que a região levantasse dinheiro suficiente, o que aconteceu. Com esse primeiro projeto, ele mostrou o caminho das pedras, fazendo deslanchar o processo de industrialização que levou à implantação de diversas empresas, em Montes Claros, Pirapora e Várzea da Palma, principalmente. Muitas delas se inviabilizaram, quando se esvaziou o sistema de incentivos fiscais, mas as que resistiram ainda representam muito para a economia regional.
O grupo local que iniciou articulações com a nova Sudene só terá maiores possibilidades de êxito se contar com o respaldo do Governo do Estado. O governador Aécio Neves ainda não se manifestou a respeito, tendo se limitado a receber o superintendente da Sudene. Seria o caso de se pedir a ele que repita a atitude do seu falecido antecessor, que resultou na elevação da condição econômica e social do Norte de Minas.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°34191
De: Saulo Data: Sexta 18/4/2008 11:07:35
Cidade: Moc

Vai desaparecer em breve a casa do poeta Cândido Canela, no antigo largo da Santa Casa. A praça era, nos anos 50, o ponto extremo da cidade, naquele rumo. Só depois, por volta de 1965, é que surgiu a avenida Mestra Fininha, em direção ao prédio da Escola Normal, que começava a ser construído. Antes, o que havia era uma sinuosa estradinha que passando exatamente ao lado da capela da Santa Casa levava ao seminário dos Padres de Batina branca, no Melo, transpondo um límpido riacho. Tudo era bucólico, simples, belo. Não havia assaltantes. Havia passarinhos, céu, luar. (Há uma belíssima página de Ciro dos Anjos descrevendo este local, por onde se ia à fazenda do seu pai - coronel Antônio dos Anjos - Antônio, dos anjos, repito. Aquele que, montado a cavalo, ensinou o filho a ler e o levou pela mão à Academia Brasileira de Letras, sempre a cavalo.) Mas, falo aqui da casa de Cândido Canela, que irá ao chão, em breve, para no seu lugar surgir um espigão. Havia lá, há ainda, um caramanchão que fazia de toda noite noites olorosas. Sabem o que é isto - noites olorosas? É saudade; saudade de um tempo tão longínquo, mas tão perto. Os poetas, o que fizeram dos poetas? O sino da capelinha da Santa Casa, levou-o o poeta ao partir? As novenas de outubro, de Nossa Senhora das Mercês, tão medianeira de todos nós, talvez apenas nos céus clamem por todos. E a avenida coronel Prates, a avenida do Jatobá, da Estrela, todas cabendo numa só, o que fizeram delas, com um tiro único, de tocaia? Virou correia de transmissão de um supermercado, levando e trazendo carros, pervertida. Cândido Canela, rogai por nós, vítimas desta violência que é nascer num lugar, ser menino nele mesmo, e a partir daí ter de sair todo dia para tentar inútil achar sua cidade no lugar em que ela real existiu.

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Mensagem N°34190
De: Joelton Ribeiro Soares Data: Sexta 18/4/2008 10:57:36
Cidade: Taiobeiras/MG

E-mail: joeltonpedreiro@hotmail;com
sou fãm da 98 mande um alo tada galera de taibeiras e minha familia

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Mensagem N°34187
De: Gersier Data: Sexta 18/4/2008 09:43:32
Cidade: Montes Claros

Com relação a mensagem do Sr. Walter,as obras do PAC é uma parceria entre Governo Federal,Governo Estadual e Prefeituras. Mas para acontecer essas obras,a prefeitura municipal tem que apresentar os projetos que por sua vez obrigatoriamente tem que ser discutidos com a população que irá indicar as prioridades.A fiscalização do andamento dessas obras é feita por representantes da população, incluso se a verba não está sendo desviada. Em Montes Claros a única obra que está programada pelo PAC é o entorno ferroviário no valor de setenta milhões de reais.O Governo Federal entra com 80% do valor,o restante é dividido entre Estado e Município e financiado pela Caixa Econômica Federal. Lamentavelmente, não sei se por desinteresse ou por falta de condições financeiras da Prefeitura,o bonde mais uma vez vai passar e Montes Claros o perderá.No Nordeste várias prefeituras que estavam em débito com o Governo Federal,foi feita uma renegociação para que a população não fosse prejudicada. Existe boa vontade em Brasília,falta a de Montes Claros e a do Governo Estadual.

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Mensagem N°34186
De: Edmundo Sá Data: Sexta 18/4/2008 09:29:45
Cidade: Brasília DF

Hoje, Dia do Exército, o clima não é dos melhores em Brasília. Um general de Exército, comandante na Amazonia, fez críticas à possível perda de soberania nacional sobre área indígena. Aliás, repetiu críticas -, acrescentando o entendimento de que pelo Exército é servidor do Estado brasileiro, e não de governos. O ambiente é de crispação. Lula pediu esclarecimentos. Vem coisa aí, a não ser que o presidente exercite ao máximo sua capacidade de negociar.

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Mensagem N°34183
De: José Walter Data: Sexta 18/4/2008 08:57:26
Cidade: BH

Na vinda do presidente Lula a Minas, ontem, tristeza para o Norte de MInas e Vale do Jequitinhonha: nenhuma obrinha foi anunciada, pelo PAC, para estas duas regiões, nacionalmente reconhecidas como as mais pobres do estado. Agrava o fato saber que a primeira esposa do presidente Lula nasceu em M. Claros. Aliás, M. Claros é lembrada pelos políticos apenas na hora de servir de depósito de presos para condenados da capital. Onde estão os nossos representantes, que se calam? Para construir um cadeião em área habitada fizeram um presídio em tempo recorde. E estão nos enviando os piores "presentes" que uma cidade pode receber. É uma vergonha para Montes Claros, uma humilhação para sua população e um "carão" nos políticos que permitiram a construção do cadeião, apesar de amplamente advertidos publicamente para o que viria depois. (...)

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Mensagem N°34179
De: julio Data: Quinta 17/4/2008 22:21:38
Cidade: montes claros  País: brasil

estava em cima de casa e presenciei o assassinato na rua s. josé, quando dois homens em uma motocicleta pararam ao lado do gol marrom, e dispararam varias vezes contra o condutor, e fugiram. o carro descontrolado veio a bater em um muro. três mulheres que estavam no carro entraram em estado de choque. uma cena de guerra em montes claros.

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Mensagem N°34177
De: Morador Data: Quinta 17/4/2008 21:11:17
Cidade: Montes Claros

Acaba de acontecer mais um assassinato em Montes Claros. Um jovem, conhecido como Patrick, foi morto com vários tiros na cabeça na rua São José, no bairro São Judas Tadeu.

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Mensagem N°34172
De: Aldo Pereira Data: Quinta 17/4/2008 18:28:30
Cidade: Montes Claros / MG

A ex-aluna do Grupo Oficinato, Luma Vidal, que já participor de longa-metragem, curtas e novelas na Globo e Band, agora brilha nos palcos da capital paulista no espetáculo "Fim de Partida", de Samuel Beckett. A Atriz revela que este é o trabalho mais difícil entre todos que já realizou, pois se trata de uma obra de Teatro do Absurdo. Super elogiada pela crítica, a Montesclarense relembra seu primeiro personagem na profissão, quando ainda atuava em palcos de Montes Claros pelo Grupo Oficinato, já que seu atual papel também se trata de um idoso. A diferença é que, naquela época, Luma interpretava uma velhinha, e agora, um "velhinho caduco". Segundo a acessoria da atriz, existem vários projetos para o próximo ano. Adiantaram que, provavelmente, terá sua estréia no horário nobre da Rede Record, caso não renove contrato com a Band. Só nos resta torcer para que "Nossa Estrela" brilhe cada vez mais, representando o povo norte-mineiro.

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Mensagem N°34165
De: Luiz de Paula Data: Quinta 17/4/2008 12:08:45
Cidade: Montes Claros/MG

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 4)

O NASCIMENTO DE UM AGLOMERADO URBANO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XX

Tive a sorte de nascer pobre, na roça, e ali viver a infância. No começo era um diminuto grupo de pioneiros reunidos num espaço em que todos se conheciam, rodeados pelo mato. A rua era uma estrada de terra. A água era de cisterna, a luz de azeite de mamona e querosene. Não havia igreja, nem farmácia, nem médico. A escola pública, quando foi criada, anos mais tarde, ensinava apenas até o 2º ano. Chamava-se Escola Rural Mixta. Dela guardo meu diploma com carinho e respeito.
Naquele tempo não havia rádio nem televisão. Todo o tempo estava disponível para o trabalho e o convívio com as pessoas e a natureza. Foi didático. Vim aprendendo a viver a partir das mais profundas e legítimas raízes. De baixo para cima, envolvido pela natureza.
Sou batizado duas vezes. A primeira, três dias após meu nascimento, sob mal súbito, ante o risco maior, temido por minha mãe, de morrer pagão. Fui batizado pelo ferreiro do lugar, o senhor Bertolino Ponciano, homem de bem, temente a Deus, que lia a Bíblia. E a segunda vez pelo padre, tempos depois, quando o padre veio, na desobriga.

O COMEÇO

O povoado foi se formando aos poucos, ao lado da estação da ferrovia, em construção, numa região habitada por pequenos produtores rurais.

PIONEIROS

O Açougueiro

Cassimiro Jorge era o açougueiro. Não havia cortes especiais: era preço único. Ao freguês adulto ele mandava escolher. Se a mãe mandava uma criança fazer a compra ele mesmo escolhia a melhor carne disponível.

A Quitandeira

Dona Biló, esposa de “seu” Gaudêncio, fazia umas roscas morenas, redondas e graúdas, adoçadas com rapadura. Uma por um tostão. Eram boas demais.

O Cisterneiro

Neco Meirelles era o cisterneiro. Trabalhava sarilho abaixo, com uma pá cavadeira de mão e um enxadão de cabo curto, cavando a terra, 100 palmos ou mais, até chegar à água.

O Ferreiro

Bertolino Ponciano foi o primeiro ferreiro do lugar.

A Benzedeira

Era a velha Regina, esposa do José Bruno, irmão de João Gravetinho. Tinha reza e benzedura para tudo. A mim curou-me de um cobreiro de entrepernas (cobrelo). Rezou e benzeu em cima. Foi o mesmo que tirar com a mão.
O Raizeiro

João Velho conhecia as plantas. Sabia para o que serviam as folhas, as cascas e as raízes. E fazia sabão da terra com frutos de tinguí cozinhados em decoada de barrela de cinza.

A Parteira

Sia Clara, uma velhinha magra e esperta, de sorriso simpático, era a parteira. Contava histórias cantadas.

Que puseste, Juliana,
neste cálice de vinho
tenho a vista escurecida
não enxergo o caminho

Bate o sino da Matriz
quem será que hoje morreu?
Minha mãe, foi Dom Jorge
e quem matou ele fui eu.

( Da história de Dom Jorge e Juliana )

A Escola

Mestra Júlia teria 80 anos ou mais. Cabelos brancos, enérgica, ensinava a ler, escrever e contar em aulas particulares diurnas para crianças e à noite para adultos. Com a cartilha em uma das mãos e a palmatória na outra.
As 4 operações ela ensinava com a tabuada cantada: um mais um, dois; duas vezes dois, quatro; duas vezes quatro, oito; duas vezes oito, dezesseis, noves fora sete...

Os alunos faziam as anotações em lousas portáteis de ardósia, de duas faces, enquadradas em madeira, com lápis da mesma pedra.
“Seu” Trajano, o esposo, era curtidor de peles de animais silvestres, com tanino de cascas de barbatimão e angico.

A Venda

Meu pai era o vendeiro.

Pequenos Serviços

Militão não tinha emprego certo. Rachava lenha. Enterrava bichos mortos. Era feioso. Tinha os dentes grandes e salientes. E babava.
Na quaresma  o povo dizia  ele virava lobisomem.

Depois o tempo passou,
o lugar virou cidade
e tudo isso acabou.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°34156
De: Maurício Data: Quinta 17/4/2008 09:09:21
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

A Baixada Fluminense, como o próprio nome já nos dá uma idéia, logo na entrada do Rio de Janeiro, é uma grande faixa de área territorial onde, atualmente, devem morar para mais ou quase milhão de pessoas, e sendo uma baixada, quase no mesmo nível topográfico do mar, dificilmente escoa suas águas: ali o índice de pobreza enorme, com a dificuldade natural de fazer fluir seu esgoto torna-se um eterno berçário de moléstias, dentre elas a dengue. Com notícia de que neste próximo século o nível do mar deverá subir cerca de 1,5 m, catastrofe gigantesca está sendo anunciada e para evitá-la deve o poder público desenvolver projeto de desapropriação e evacuação desta área. Vejo assim.

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Mensagem N°34155
De: José Alves Data: Quinta 17/4/2008 08:46:35
Cidade: Ribeirão das Neves

No momento em que M. Claros, por seus governantes, escolheu ser uma cidade penitenciária "de trânsito", é preciso que saiba: a região de Ribeirão das Neves, aqui na área metropolitana de BH, é a mais atrasada de todas exatamente porque, há cerca de 50 anos, aceitou ser sede de uma penitenciária modelo. De lá para cá, pioramos em tudo, até virar a região mais violenta de toda a área metropolitana. É uma tragédia. Montes Claros deve reagir, e impedir que seja transformada numa imensa penitenciária.

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Mensagem N°34151
De: Luciano Guedes Data: Quinta 17/4/2008 07:24:48
Cidade: Maracás/BA

Titulo da notícia: Acidente com três carretas mata duas pessoas na saída de M. Claros para Francisco Sá
E-mail: [email protected]
Comentário: Essa notícia foi recebida com muita tristeza, pois Aumerindo (Motorista) era uma pessoa muito querida por todos nós, conterraneos.

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Mensagem N°34148
De: Jorge Silveira Data: Quarta 16/4/2008 18:27:21
Cidade: Montes Claros

As estatísticas da polícia podem até mostrar o contrário, mas parece que o aumento dos assaltos ocorre proporcionalmente à diminuição das blitzes contra os motoqueiros. Nos últimos dias parece que a polícia entrou de férias, não se viu blitz em lugar algum da cidade, e, por consequência, os assaltos aumentaram. Só no final de semana, foram quatro assaltos a postos de combustíveis. E os bandidos, sempre de moto, que é hoje a principal arma dos assaltantes. A polícia não pode abrir a guarda um instante sequer e as blitzes têm que ser diárias, sempre em locais diferentes, para intimidar aqueles que se aproveitam da negligência policial para praticar pequenos e grandes furtos, deixando a população da cidade apavorada, com justa razão. Para a cidade dormir tranquila, a polícia tem que estar sempre acordada e alerta. Qualquer cochilo, é uma festa para os bandidos. E assim, Montes Claros vai só subindo no ranking das cidades mais perigosas do estado. Será que o nosso desenvolvimento, tão cantado e decantado por alguns, tem valido a pena?

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Mensagem N°34144
De: Francisco Data: Quarta 16/4/2008 17:22:29
Cidade: BH

De surpresa, a Tim lançou hoje o sistema de telefonia celular 3G em Belo Horizonte "e cinco capitais e em breve também no Rio de Janeiro e em São Paulo". As capitais são Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Recife e Salvador. Agora, nestes locais já é possível navegar na internet, sem fios, a velocidade de até 7000k.

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Mensagem N°34142
De: Luciano Lima Data: Quarta 16/4/2008 16:47:24
Cidade: Maracás/Ba

Titulo da notícia: Acidente com três carretas mata duas pessoas na saída de M. Claros para Francisco Sá
Comentário: Eu e a nossa familia estamos muito tristes e arrasados ao saber deste trágico acidente de um nosso ente muito querido. O governo deveria fazer melhorias e manter mais segurança nas estradas. Muitas outras familias ficam incorformadas quando se perdem entes querido nestas estradas de MOntes Claros.

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Mensagem N°34114
De: Carlos Data: Quarta 16/4/2008 04:48:04
Cidade: Montes Claros-MG

E pensar que há alguns anos em Moc, lutavamos para que nossos governantes eliminassem as Muriçocas que pertubavam nosso sono! Hoje temos muriçocas, Aedes aegypti , boates e carrocinhas de som que tiram nosso sono!

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Mensagem N°34109
De: Ana Data: Terça 15/4/2008 23:39:02
Cidade: Montes Claros

Por que, meu Deus, por que tanto horror diante dos Céus?

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Mensagem N°34108
De: EVANISTA Data: Terça 15/4/2008 23:36:13
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O repórter Roberto Cabrini acaba de ser preso em São Paulo. Ao que parece, ele caiu em armadilha para apanhar traficantes. A Globo vai deitar e rolar!

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Mensagem N°34107
De: LUIZ CARLOS Data: Terça 15/4/2008 23:30:59
Cidade: BAGÉ/RS  País: BRASIL

Estou congelando em Bagé/RS e ouvindo a 98 que está cada vez melhor, um abraço ao meu povo em Mirabela.

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Mensagem N°34106
De: Joanes Data: Terça 15/4/2008 23:16:38
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O pai do investigado Alexandre Nardoni, é tributarista com vasta experiencia e esteve em Montes Claros por duas vezes no ano passado, onde se reuniu com empresários por indicação de uma empresa distribuidora de petróleo da cidade de Paulínia/SP. Com um vasto conhecimento na área tributária e com uma simplicidade visível certamente jamais imaginou o inferno em que seria empurrado neste lamentável fato.

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Mensagem N°34103
De: ANTONIO SOARES Data: Terça 15/4/2008 22:51:03
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Foi assassinado hoje no Estado de Goiás o jovem Cleudson Cavalcanti, nascido e criado em Montes Claros até os 15 anos. Ele morreu vítima de um tiro por pessoa desconhecida que o assaltou dentro de uma loja de conveniência de um Posto de Gasolina. O jovem será enterrado em Goiânia, onde reside seus familiares atualmente.

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Mensagem N°34099
De: Achilles Ruas Data: Terça 15/4/2008 20:12:26
Cidade: Salinas  País: Brasil

Acaba neste momento um dos júris mais badalados da cidade de Salinas/MG onde Nara Rubia dos Santos Bittencourt foi ABSOLVIDA, ela era acusada de ser uma das mandantes do crime de pistolagem em que foi vítima Miguel Ferreira Lima no segundo semestre de 2007. O crime causou muita repercusão na cidade, inclusive, tendo sido investigado por policiais da cidade de Belo Horizonte. O júri correu tranquilamente, com o plácar de 4x3. Quem presidiu o júri foi o Exmo. Sr. Dr. Evandro Cangussu Melo, juiz da Comarca de Salinas. Na tribuna da acusação o Exmo. Sr. Dr. Vinícius Alcantara Galvão e, na defesa, os causídicos, Maria Rosa Ribeiro Delgado e Walter Ferreira de Araújo. Durante todo o dia, familiares das partes envolvidas estiveram no fórum de Salinas, tudo ocorrendo na paz e tranquilidade, sob a presidência do juiz Evandro. Os jurados usando de suas consciências, decidiram que Nara Rubia dos Santos Bittencourt não tem participação no crime contra Miguel Ferreira Lima. Os outros acusados, Antônio Carlos Ramires, José Vanderlan, Aristóteles e Rosivaldo, continuam presos, esperando o julgamento.

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Mensagem N°34093
De: Nice Data: Terça 15/4/2008 17:25:50
Cidade: M. Claros

Neste momento cai uma deliciosa chuva sobre a região sul de Montes Claros, com direito a trovões e arco-iris. Bem que podeira chuver a noite toda. Desta vez a metereologia acertou.

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Mensagem N°34091
De: Luiz de Paula Data: Terça 15/4/2008 17:07:03
Cidade: M. Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 3)

COMO COMECEI A VER O MUNDO
Despertei para o conhecimento da vida com imagens próprias, que representavam minha compreensão nascente a respeito do mundo à minha volta.
Para começar, Deus, para mim, era azul. Era uma cor azul. Azul também era um sobrinho de minha mãe, filho de uma irmã dela. Minha mãe gostava muito desse sobrinho e ria muito quando contava suas diabruras. Para mim ele era azul.
De nossa casa via-se a estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, quase em frente. E o vasto pátio que a circundava.
Em um extremo e outro do pátio - na saída da linha férrea para Pirapora, a noroeste, e para Belo Horizonte, ao sul - havia uma guarita de madeira, pintada de azul. Era a Guarita da Chave, em frente à qual havia um mecanismo que o guarda-chaves operava, derivando as composições para o desvio ou deixando-as prosseguir na linha principal.
Em frente à nossa casa, um pouco à esquerda, quase no final do pátio da estação, erguia-se a guarita do lado sul.
Belo Horizonte, cidade da qual eu ouvia falar muito, era, em minha mente, uma guarita de madeira, de duas águas, pintada de azul.
O Governo era um cidadão moreno acobreado, alto e magro, vestido com um uniforme caque descorado, usando boné militar e dolman abotoado até o pescoço.
O DIABO
A figura do diabo, para mim, era de um mulato alto, de rosto largo, com grandes zigomas e nariz grosso, com um boné de casimira cinza amarronzada. Em mangas de camisa. Trabalhava em uma forja.
A GRIPE ESPANHOLA
A casa de meu pai - residência e venda - ficava na rua principal, quase de frente para a estação da Estrada de F erro Central do Brasil, inaugurada sete anos antes.
A casa ocupava a esquina onde nascia o beco de seu Tico, em direção ao rio, no qual residiam o sr. Antônio Ribeiro e o pedreiro Raimundo Oliveira, português, com companheira Maria Pretinha, pais do Praxedes, pescador, que entregava peixes na venda de meu pai.
A rua principal não era propriamente uma rua. Era uma larga estrada que começava na sede da Fazenda de José Evangelista e passava em frente às chácaras de Joaquim Lúcio Cardoso e de José de Melo e prosseguia por nossa casa, pelo beco do seu Tico, seguindo-se a loja e residência do português José Paculdino Ferreira. Até essa altura não havia construções do outro lado da rua. Havia uma cerca de arame, com postes de trilhos serrados, fechando o chamado pátio da Estação, sempre cheio de pilhas de dormentes, toras de madeira e lenha empilhada, pois se tomara praça madeireira.
Essa rua-estrada era simplesmente "a rua". Seguia estreitando-se à medida que avançava e mais adiante se entortava e tomava o nome de Rua do Caixa-Prego.
No ano seguinte ao de meu nascimento veio a Gripe Hespanhola (era assim que se escrevia, com H), que causou acima de 20 milhões de óbitos em todo o mundo. (Li algures que foram 50 milhões).
Todos em nossa casa adoeceram, menos meu pai, que cuidava de todos e ordenhava a vaca Raminha e distribuía o leite com os doentes de casa. E mandava o que sobrava para os vizinhos.
A minha tia Joaquina, esposa de meu tio Basílio, foi a primeira pessoa a levantar-se e andar pela casa.
Contava ela que estava parada, muito fraca, pensando nas muitas coisas que havia por fazer, quando sentiu alguém a puxar-lhe a saia. Baixou a vista e lá estava eu, com um ano e pouco de idade, olhando para cima, com os olhos pregados de remela, tentando vê-la e comunicar-me:
- Olha eu aqui ...
Eu é que fora, realmente, a primeira pessoa na casa a restabelecer-se da terrível epidemia.

O POVOADO

Antes
era a Serra do Cabral,
o Rio das Velhas
e os Campos Gerais
onde cantavam as seriemas

Depois
veio o apito do trem.
E a rua. Sem nome.
Simplesmente a rua.

E a Venda.

Ao fundo
a velha Caraíba,
teimosa testemunha que restou
do tempo em que cantavam as
seriemas.



(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes)
Cidade: Montes Claros/MG

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Mensagem N°34089
De: Duilio Data: Terça 15/4/2008 16:57:05
Cidade: M. Claros

O que teria levado o Montesclaros.com a não divulgar o atentado contra o engenheiro da usina de biodiesel?

(N. da Redação: a ocorrência, se existe, não foi tornada pública por nenhuma das Polícias, até o momento).

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Mensagem N°34083
De: José Melo Data: Terça 15/4/2008 16:38:09
Cidade: BH

Um dos mais procurados criminosos da Alemanha foi preso hoje em Uberlândia, onde era comerciante e aluno do curso de arquitetura. Frank Armin Dahmen é o último criminoso ainda foragido de uma quadrilha de 14 pessoas, que no período de 1996 a 2001 traficava anfetaminas, maconha e cocaína. Os demais foram condenados entre sete e 13 anos de prisão. Frank estava foragido desde 2001, escondido no Brasil.

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Mensagem N°34078
De: Fábio Data: Terça 15/4/2008 16:11:56
Cidade: M. Claros

Por que ninguém - nem rádio, nem jornal, nem tv -divulgou até agora uma tentativa de homicídio contra engenheiro a serviço da Petrobrás, em Montes Claros? Um policial militar aposentado seria o suspeito.

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Mensagem N°34077
De: Franz Data: Terça 15/4/2008 16:09:43
Cidade: M. Claros

A coisa está realmente feia em M. Claros. Acabo de ver um policial, na garupa de uma moto da PM, portando escopeta.

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Mensagem N°34059
De: Miranda Data: Terça 15/4/2008 11:59:20
Cidade: M. Claros

O senhor prefeito municipal poderia explicar para a população o que aconteceu com a "Patrulha do Silêncio" que chegou a funcionar em M. Claros, com fiscais da secretaria do Meio Ambiente e PMs. Por um bom tempo, a patrulha começou a combater o barulho, com aplauso geral.Mas, Deus sabe por que, ela foi rapidamente desativada, provavelmente por contrariar interesses eleitorais. Desde então, sumiu a patrulha e a lei foi rasgada. (...) Este é o nosso mundo. A lei nada vale. Vale a vontade do poderoso do momento. Até quando?? (...) Vamos esperar.

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Mensagem N°34057
De: GIOVANI ABREU Data: Terça 15/4/2008 11:49:20
Cidade: MONTES CLAROS  País: brasil

Meu irmão e minha vizinha estão com dengue. Montes Claros não foi poupada desta tragédia. Parece que estamos no Egito na época da pragas, vai acabando uma e aparecendo outra.

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Mensagem N°34054
De: Vera Data: Terça 15/4/2008 11:15:40
Cidade: M. Claros

Dengue, crimes, transferência em massa de presos de Belo Horizonte - será este o destino de nossa cidade? Acordem, senhores governantes!

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Mensagem N°34053
De: JANIO OLIVEIRA Data: Terça 15/4/2008 11:12:26
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Montes Claros teria registrado, somente no final de semana, pelo menos três casos de dengue. é um número preocupante se considerado o silêncio das autoridades de saúde. A populaçao somente ficará sabendo do perigo quando já estiver doente.

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Mensagem N°34052
De: Danielle Data: Terça 15/4/2008 10:58:34
Cidade: montes claros/mg  País: Brasil

o que é preciso para fazer valer a lei de prioridade para gestantes em Montes Claros.Merecemos mais respeito

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Mensagem N°34044
De: Alberto Data: Terça 15/4/2008 10:01:38
Cidade: Montes Claros

Acabo de ligar para a Secretaria do Meio Ambiente para reclamar dos carros de som fazendo propaganda volante com o som nas alturas, o atendente me informou que esta area de poluição sonora quem atua é a Policia Militar e a Transmontes. "Que força é essa que os impede de aplicar a lei? foi a pergunta feita pela Sra. Viviane na mensagem 34027, e eu tambem faço a mesma pergunta.

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Mensagem N°34040
De: Maurício Data: Terça 15/4/2008 09:18:41
Cidade: Montes Claros - MG  País: BRAsil

Flanelinhas do mercado sul de Montes Claros estão no mesmo caminho dos seus "hermanos" dos grandes urbanos do Brasil. Consegui permissão para ali trabalhar já é "cota" valorizada em R$500,00 mensal. Poder público precisa urgentemente intervir, ali o espaço é público.

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Mensagem N°34034
De: Raphael Reys Data: Terça 15/4/2008 07:26:58
Cidade: MOC - MG  País: BR

SABORES DA NOSSA INFÂNCIA - SEGUNDA VIAGEM.

Viajando no arquivo feliz da infância e tendo como companheira de jornada Virgínia de Paula busca no fundo da memória os registros de sabores, aromas e prazerosas lembranças das guloseimas que marcaram a nossa infância campesina.
Eram muito gratas e ainda o são a expectativa de ver passar pela rua o carrinho de pipoca do Rosalvo vendendo mingau baiano com gosto de cravo e canela. O sabor de madeira deixado na boca após mastigar a mutamba, os fiapos de jatobá enganchados entre os dentes, ou grudados no céu da boca e descolados com as pontas dos dedos.
Encravados em nossa memória olfativa ontem, hoje e sempre o dulcíssimo melão de São Caetano arrancado das ramas nas cercas e que deixava a boca melada e o estômago borbulhando. O insubstituível sabor do sorvete em caixa Eskibon com aquela casca crocrante e o seu clone cremoso e com cobertura de chocolate, vendido aqui na terra de Figueira por José Lafetá ( e o seu substituto sertanejo na sorveteria do bairro Roxo Verde).
Encher os bolsos com o doce colibri feito por Ana Veloso. Tínhamos que atravessar a pinguela de madeira que interligava o bairro ao centro, numa verdadeira aventura. Saborear os pastéis Lolita e Lavínia, o doce Queijão feito com leite e ovos e depois uma copada de Qsuco de groselha com os cubos de gelo nadando no líquido vermelho...
Relata-nos dona Ruth Tupinambá, que na sua época o doce da moda era o pudim veludo e o de leite feito por Sinhá Cândida. Outros doces que faziam sucesso nas festas de casamento, batizados eram o siricáia de dona Luiza de Totó, os doces cristalizados, de casca de laranja com rapadura.
Outros doces que encantavam nos anos ainda românticos eram a maçanzinha de côco, os bolinhos da Sinhá, o amor em pedaços, a maçanzinha com folhas de jabuticaba e os doces de festas feitos pelas irmãs Conceição e Helena Melo Franco.
A goiabada cascão feita por Domingão Tupinambá e as cocadas com doce de mamão feitos por Swagar.A groselha de fundo de quintal de João de Paula.
O queijo catupiry na caixa de madeira, o caldo de mel de laranja baiana sem umbigo feito por dona Fina de Paula. A moreninha de rapadura, bicarbonato e laranja da terra. A jacuba de raspa de rapadura de Monte Azul com água e farinha de milho, um hidromel curraleiro.
O doce em casca de dona Vina, os roletes de cana caiana na talisca de bambu verde e posto no tabuleiro por seu Carrim. Os incríveis bolos caramelados de dona Eulina Souto, os sapotis de Sá Rita no tabuleiro, as quitandas de dona Liça, os doces de Aracy com seus casadinhos em formato de meia lua.

Os frutos do cerrado que enchiam as nossas panças de alegria: a cagaita de vez, já que a madura embriagava. O murici bem molinho e com o olho que tudo vê no meio, a araçá, a goiaba dos deuses, o panã ou cabeça de nego que deixava um cheiro que buscava nossa pituitária a um quilometro de distância.
Almoçar um arroz de forno pincelado com gema de ovos e preparado por João Aprígio tendo como sobremesa o manjar de côco com ameixas pretas e calda de mamão.
Um bom surubim assado ou um pacomã grelhado com uma suculenta fatia de moranga um gole de frisante Michellon bebido escondido, dois copos de água da fonte do DER esfriadas na bilha de barro e para dar o arroto final, uma talhada de melancia da praia.
A sesta sob a sombra de um umbuzeiro esticado numa rede de palha cheirosa de tucum sob os raios abrasadores do sol da tarde. Acordar às 15 horas e se deliciar com uma poção de bolota de queijo com marmelada cascão e uma ambrósia gelada sorvendo um grapette.

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Mensagem N°34030
De: Gonzaga Data: Segunda 14/4/2008 22:12:59
Cidade: Montes Claros

Infelizmente temos que admitir e engolir essa situação absurda da poluição sonora. A omissão e o descaso com esse tipo de coisa e "normal", num país onde os políticos são covardes e não tem coragem de assumir suas obrigações e mexer no interesse de uma minoria. E não adianta gritar e espernear, fazer "abaixo-assinados", fazer centenas de mensagem nesse tão conceituado espaço. A polícia e a Prefeitura não têm resposta, não tem ação e não parecem dispostas a enfrentar tanto gente, literalmente fora da lei. Barzinhos, boates, casas de aluguel de festas, carrocinhas de CDs piratas, bicicletas e carros de propagandas, igrejas, lojas, enfim, um infinidade de casos e (inr)responsáveis. Eu não entendo essa matemática eleitoral, onde essas autoridades não enxergam a quantidade de famílias, entre enfermos, doentes,idosos e crianças, todas vítimas desse inferno. Todos somos eleitores e temos opinião formada sobre esse tipo de tratamento e omissão. Não há desculpa prá deixar as rédeas soltas. Não cola a desculpa de que todos tem de trabalhar, são pobres coitados, vítimas do desemprego da crise. É bom lembrar que o tráfico de drogas forma uma cadeia produtiva de emprego e muita renda.Portanto, é preciso de políticas públicas sérias para tratar desse assunto, do contrário é o caos generalizado, a anarquia total, um "salve-se quem puder" e finalmente un "DEUS NOS ACUDA".

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Mensagem N°34029
De: Iris Data: Segunda 14/4/2008 22:08:17
Cidade: Moc

Há muitos relâmpagos na parte leste de Montes Claros. Vai chover.

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Mensagem N°34027
De: Viviane Data: Segunda 14/4/2008 21:05:40
Cidade: M. Claros

O que faz com que o poder publico, a policia, a secretaria do meio ambiente, não toma nenhuma providencia com essa barulheira infernal dos carros de som em Montes Claros? Que força é essa que os impede de aplicar a lei?

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Mensagem N°34015
De: celso Data: Segunda 14/4/2008 17:17:06
Cidade: Campinas/ Sao Paulo

acerca da Mensagem N° 33973 faço minhas suas palavras eu que já não moro mais na nossa querida cidade nem ao menos sabia que já tínhamos um prisão de tao alta periculosidade, quanto mais que estamos recebendo essa escória da Capital. Acorda Montes Claros, vamos parar de bairrísmos e vamos ver a quantas andam as outras cidades que não permitem tais atos impertinentes da administração. cresça Montes Claros

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Mensagem N°34010
De: JURACY OLIVEIRA Data: Segunda 14/4/2008 15:38:52
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

O barulho em Montes Claros para ser eliminado passa também por uma outra providência: a população ser conscientizada a boicotar as promoções barulhentas ou os produtos vendidos por eles. Pode nascer daí uma nova cultura de reprovação do barulho que inferniza os moradores da cidade.

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Mensagem N°34009
De: Jason Pereira Amaral Data: Segunda 14/4/2008 15:07:27
Cidade: São Paulo/SP

[email protected]
Antes tarde do nunca: amanhã dia 15/09/08 as 9:00hs, na Av.dos Andradas, 1120 -Belo Horizonte-MG, será realizada abertura das propostas para o tão sonhado asfaltamento entre São Franciso e Pintopólis.Rezemos para que tudo dê certo o mais rapidamente. Amém.

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Mensagem N°34001
De: Felipe Data: Segunda 14/4/2008 13:13:58
Cidade: Montes Claros

Sr. Agnaldo,
Lei nós temos. Ano passado a Prefeitura aprovou o que ela classificou como "a mais moderna lei de meio-ambiente do país". Até fogos de artifício estão proibidos (apesar de a própria Prefeitura desrespeitar essa norma). Assim, a diferença entre Montes Claros e Brasília deve ser a fiscalização do cumprimento da lei.

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Mensagem N°33999
De: Gonzaga Data: Segunda 14/4/2008 12:49:32
Cidade: Montes Claros

Compartilho sua preocupação Jucimar com essa questão do barulho. Você tem razão quanto a pedir que a justiça se manifeste. Queremos ver os promotores mandando prá cadeia os políticos corruptos, mas precisamos do apoio deles nas questões mais domésticas, como é o caso da poluição sonora, que já é um problema, mais do que confirmado, de saúde pública. Além disso há o desrespeito flagrante às autoridades públicas e muita omissão por parte dela em muitos casos. Aqui no Cintra, o pátio de um posto de Gasolina na Av. Cel. Luis Maia tem tirado o sono da vizinhança. A moçada chega embriagada das festas e quer continuar a farra no posto. E de nada adianta as placas colocadas proibindo e falando do rigor da lei. Eles não estão nem aí. Se não houver repressão pesada com apreensão dos carros e até mesmo prisão desses folgados, tudo vai continuar na mesma.

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