Consumidor vai pagar parte do risco de geração mais cara de energia, que antes era das usinas

Vai para o bolso do consumidor parte do risco que as usinas hidrelétricas enfrentam quando seus reservatórios de água ficam baixos, seja por falta de chuva ou uso exagerado da água. Medida provisória publicada ontem definiu novo modelo para o risco hidrológico. Pela nova regra, as empresas assumem esse risco quando houver um déficit na geração de energia de até 12%. Se passar desse patamar, o custo extra será pago pelo consumidor, no sistema de bandeiras tarifárias. Até agora, segundo o governo, todo o risco era das usinas.
RISCO
As hidrelétricas são obrigadas a gerar uma quantidade de energia de acordo com o seu contrato de concessão. Quando os reservatórios estão baixos, o Operador Nacional do Sistema determina que elas gerem menos que o mínimo contratado. A diferença entre o mínimo e o que o operador manda gerar, a usina tem que comprar num mercado livre, por preço mais elevado que o custo de geração dela. Daí decorre o prejuízo.