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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 28 de março de 2024

Mulher que morreu durante endoscopia em BH deverá ser sepultada em M. Claros, adianta o noticiário

Quarta 20/07/22 - 7h09

Do i7news:


Mulher perde a vida depois de realizar endoscopia em clínica particular; polícia investiga

O caso aconteceu na última segunda-feira (18/07), em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Aurilane Alves

Uma mulher de 49 anos perdeu a vida na última segunda-feira (18/07) depois de ser submetida a uma endoscopia. O caso aconteceu em uma clínica particular de Belo Horizonte e vem sendo investigado pela polícia para que as circunstâncias sejam devidamente apuradas.

Cleonice Ribeiro da Silva Soares passou pelo exame depois de começar a sentir fortes dores no estômago, de acordo com seus familiares. O laudo médico informou que a paciente passou a ter dificuldades para respirar após o início da endoscopia.

Diante da situação, os médicos chegaram a tentar estabilizar a paciente retirando a sedação. Contudo, a medicação dada a Cleonice não fez efeito. A mulher foi vítima de uma parada cardiorrespiratória e os profissionais do Serviço Móvel de Urgência fizeram os devidos procedimentos para reanimá-la.

Cleonice foi intubada, porém não conseguiu resistir. A mulher usava um cardiodesfibrilador, dispositivo utilizado por quem precisa manter os batimentos cardíacos regulares. De acordo com a clínica onde ela fez o exame, a paciente não informou acerca do equipamento

A família de Cleonice se manifestou e questionou que a unidade de saúde não tivesse o conhecimento do uso do cardiodesfibrilador. Vale ressaltar que a recomendação para quem usa tal dispositivo é que a endoscopia deve ser realizada no ambiente hospitalar.

Na noite da última segunda-feira, o corpo da vítima recebeu a liberação do Instituto Médico Legal. O sepultamento de Cleonice deve acontecer na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais.

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Jornal O Tempo:

Mulher morre ao fazer endoscopia em clínica no Barreiro

Filha diz que vítima usava um cardio desfibrilador há três anos, equipe médica nega que sabia da informação
Lucas Henrique Gomes
Uma mulher de 49 anos morreu nessa segunda-feira (18) enquanto fazia um exame de endoscopia digestiva alta em uma clínica na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Ela apresentou quadro de esforço respiratório enquanto estava sedada na hora do exame e evoluiu para uma parada cardiorrespiratória.

De acordo com a filha da vítima, ela usa desde 2019 um cardio desfibrilador, que é semelhante a um marca-passo. Ela acredita que a mãe tenha falado sobre isso à equipe responsável, mas médico e enfermeira responsável pelo exame negam.

Segundo o relato do médico aos policiais, foi aplicada uma sedação de forma intravenosa como de costume, diluindo 1ml de midazolam e 1ml de petidina em 8 ml de água bidestilada. O médico disse que "pouco tempo depois do procedimento, a paciente apresentou um quadro de esforço respiratório, evoluindo para a parada cardíaca". Ele alega que imediatamente iniciou, de forma mecânica, a massagem de reanimação, mas sem êxito. Duas equipes do Samu também tentaram reanimar a mulher, mas também sem sucesso.

A enfermeira foi ouvida pelos policiais e disse que a paciente informou ter apenas hipertensão, além de listar os remédios dos quais faz o uso contínuo. A responsável pela sedação apresentou ainda uma ficha assinada e carimbada pelo médico, mas sem nenhuma rubrica ou conferência da paciente. O único documento assinado pela vítima foi uma orientação geral sobre advertências e complicações do procedimento.

Um médico legista compareceu à clínica e liberou o corpo para o IML. O caso será investigado e ninguém foi preso até o momento. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que instaurou inquérito para apurar a causa e circunstâncias da morte da mulher. "Tão logo os laudos sejam finalizados e a investigação seja concluída, mais informações serão fornecidas. Não houve prisão", diz nota da Polícia Civil.





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Jornal Estado de Minas:

Mulher morre durante endoscopia: entenda se exame traz risco aos pacientes

Endoscopia é um exame interno, que pode ser feito com ou sem sedação. Especialista dá orientações sobre segurança para o procedimento

Amanda Serrano

Uma mulher de 49 anos morreu durante um exame de endoscopia em uma clínica no Barreiro, nessa segunda-feira (18/07). A vítima, Cleonice Ribeiro da Silva Soares, apresentou um quadro de esforço respiratório após ser sedada na hora do exame e evoluiu para uma parada cardíaca.

Segundo a filha, Cleonice usava desde 2019 um cardiodesfibrilador, que é semelhante a um marcapasso. Ela acredita que a mãe tenha informado isso à equipe responsável, mas médico e enfermeira que fizeram o exame afirmam que não foram comunicados sobre o uso do aparelho.

A endoscopia é um exame interno, que pode ser realizado com ou sem sedação, que avalia a mucosa do aparelho digestivo e pode detectar lesões nos órgãos, é o que explica Mauro Jacome, médico especialista em endoscopia, cirurgia e gastroenterologia e diretor da Cronos Endoscopia.

"Com esse exame podemos tratar precocemente doenças do trato digestivo, e algumas lesões menores podem, inclusive, ser retiradas pelo médico impedindo sua evolução para doenças mais sérias", afirma Jacome.

De acordo com Mauro, a endoscopia é uma especialidade médica e pode ser feita em todas as idades, e o recomendado é que seja sempre realizado por médicos especialistas no exame. "Mesmo crianças pequenas ou idosos podem realizá-lo. O importante é que uma avaliação prévia do paciente identifique o ambiente e as condições ideais para atender o paciente e realizar o procedimento proposto", declara.

Contraindicações e riscos


A endoscopia é contraindicada em situações em que o risco para o paciente realizar o procedimento é maior do que o benefício. "Em geral, isso ocorre quando o exame não tem urgência em ser feito e o paciente se encontra em estado grave por outra condição. Por isso, a avaliação prévia do risco anestésico ou cardíaco em pacientes idosos ou cardiopatas é válida", afirma o especialista.

Jacome deixa claro que os maiores riscos ocorrem quando o paciente possui doenças cardíacas graves, como arritmias, ou pulmonares, como asma grave, ou, ainda, quando vai ser realizado algum procedimento terapêutico na endoscopia. "Os riscos são insuficiência respiratória, arritmia, flebite e perfurações dos órgãos digestivos", esclarece.

Apesar de pouco frequentes, explica o médico, esses riscos devem ser informados previamente ao paciente, que deve dar consentimento para a realização do exame.

"Essas condições de risco podem raramente levar a óbito durante o exame, pois são complicações graves. O importante é que os riscos não sejam negligenciados e menosprezados e que a estrutura para atender o paciente esteja bem preparada para quaisquer intercorrências", finaliza o diretor da Cronos Endoscopia.

Nova alternativa


A Cápsula Endoscópica é uma nova opção para pessoas que não podem realizar a endoscopia e até mesmo a colonoscopia. O procedimento, realizado desde março de 2022 pelo Departamento de Endoscopia do Hospital Madre Teresa (HMT), trata-se de um exame não invasivo em que a pessoa ingere uma cápsula que contém em seu interior uma ou duas micros câmeras.

A cápsula desce naturalmente pelo aparelho digestivo e vai fotografando suas paredes, com qualidade de imagem em alta resolução, permitindo a visualização completa da mucosa do intestino delgado e cólon.

As imagens são transmitidas a um gravador, que fica preso em um cinto ajustado no abdome do paciente, e, ao término da gravação, elas são repassadas ao computador para que o médico possa analisá-las.

"A cápsula não precisa de sedação e isso é uma grande vantagem. Mas vale lembrar que ela não substitui a endoscopia nem a colonoscopia. Mas a cápsula serve para investigar doenças em pacientes que têm risco elevado para realizar esses dois exames ou que não pode ser sedado", explica Renata Figueiredo, médica endoscopista.



Para quais casos a cápsula é indicada?


O procedimento realizado é indicado para pesquisa de hemorragias ocultas em todo o trato digestório, ou seja, aquelas que não foram identificadas em endoscopia e/ou colonoscopia. Além de ser útil para detecção de pólipos, doença inflamatória intestinal (doença de Crohn), doença celíaca, tumores de intestino delgado e diversos outros problemas encontrados na superfície interna do intestino delgado, área de difícil avaliação por endoscópio.



"Sem dúvidas, essa é uma grande inovação que veio para tornar os diagnósticos muito mais precisos e assertivos. Agora, áreas de difícil acesso pode ser visualizadas por meio dessa cápsula em imagens de alta resolução", esclarece o coordenador da equipe, Roberto Motta.

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