Revelado hoje o assalto sofrido por Padre Henrique. Homem queria dólares e drogas, mas - sempre chamado de "meu filho" - levou o que havia de mais precioso, o Crucifixo da ordenação. (Pode ser que devolva)
Sexta 21/05/21 - 13h35
SANTO
Aquele que é considerado "um santo" por muitos e, ao mesmo tempo, reconhecido como o homem mais feliz, ou dos mais felizes, que viveram entre nós.
MUNAIZ
Trata-se do sacerdote católico Padre Henrique Munaiz.
POUQUÍSSIMO
O programa resumiu sua trajetória, conhecida por todos, e revelou um fato pouquíssimo conhecido - o assalto que o padre sofreu na sua casa, poucos anos antes de partir, em 2017.
EVOLUIR
A abertura do programa, apresentado pelo locutor Lino Oliveira, resumiu:
Este programa, você observará aos poucos, vai evoluir de enquetes e perguntas variadas para temas jornalísticos e depoimentos.
Vamos aqui tratar também da história e de personagens de M. Claros.
///
Hoje, queremos falar de um personagem bem recente, muito vivo na memória de todos.
É do Padre Henrique, um sacerdote espanhol que deixou sua terra, a família destacada e nobre, para viver entre nós por mais de 50 anos, na mais absoluta renúncia e total entrega - no "negue-se a si mesmo".
Ao morrer, em 19 de outubro de 2017, aos 86 anos, teve um dos enterros mais sentidos de toda a nossa história.
Contrariando a lenda de que ninguém nunca viu mulher segurando alça de caixao, o corpo do padre foi levado pelas ruas, a pé, por centenas de mulheres, talvez milhares, que se revezaram da sua casa até o Carmelo, onde está o sepulcro, objeto de grande veneração.
Na manhã do sepultamento, um coro de mulheres, mães dos filhos que ele amparou, o coro gritava - é santo, é santo, é santo. E assim, ele se foi. Apenas o corpo.
Toda a cidade tem belíssimas histórias do padre Henrique a contar. Cada uma mais bela do que as outras.
Nós, hoje, vamos resumir uma, conhecida apenas do seu círculo íntimo.
Nos seus anos conclusivos, finais, já morando no Bairro Monte Carmelo, o padre foi assaltado, em casa.
O autor, transtornado, exigia dólares e drogas, e padre Henrique, sempre chamando o rapaz de "meu filho", explicou que ali era uma casa de oração, que não tinha nem uma coisa nem outra - nem dólares, nem drogas.
Convencido, ouvindo a sua vítima tratá-lo doce e repetidamente de "meu filho", o assaltante decidiu ir embora, e padre Henrique despediu-se, amorosamente, como faria o próprio Cristo.
Só depois, descobriu-se: padre havia sido despojado da única coisa que importava para ele: um singelo Crucifixo, sem maior valor material, mas que foi muda testemunha de seus votos de entrega e de renúncia, de abnegação total, ao receber as ordens de sacerdote do Altíssimo. Poucos, como ele, cumpriram tão rigorosamente o prometido.
Hoje, queremos saber: você viu, ouviu, testemunhou belas e inesgotáveis histórias de Padre Henrique?
Conta para nós.
Também o Mosteiro do Carmelo coleciona essas histórias, para na hora que for a hora encaminhar o pedido de canonização do padre Henrique, atendendo ao coro das mães que o aclamaram como santo, na hora da despedida terrena.
MENSAGENS
O programa recebeu dezenas de mensagens. Uma disse:
- Boa tarde, conforme ouvi a historia aí no começo do programa, sobre o padre Henrique, quando foi assaltado.
- Eu também, quando fui assaltado, sendo até perfurado por uma faca, fiquei internado, e ele, Padre Henrique, foi até o hospital me visitar, e pedir pra não fazer nada, quando saísse do hospital.
- Por que Deus já havia me dado o livramento da morte.
- Aquilo mexeu muito comigo.
