Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 28 de setembro de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: SEM NOS CONSULTAR

Ontem, 22/10/2008, o Criador de todos nós, sem nos consultar pedindo a permissão levou para o seu lado direito o nosso poeta e escritor Reivaldo Canela. Houvéssemos sido ouvidos, certamente não teríamos concordado com a transferência do nosso bardo por razões emocionais.
Aguardávamos a publicação do seu segundo livro de crônicas, causos e poemas esperando que não fosse o último. O Menino Pescador foi o seu canto do cisne.
Reivaldo viveu como um pássaro da campina. Livre e apegado somente às coisas simples, como a família, os amigos, os colegas de infância, os compadres para dois dedos de prosa, os colegas de pescaria, seu universo e seu contato com a natureza. Imbatível como profissional da advocacia, uma águia forense. Um discípulo de Sólon.
Fez assim como o canto de Roberto Carlos, uma multidão de amigos. No velório, o criminalista Antonio Adenilson mostrou-me com visível contentamento um bilhete que recebeu de Reivaldo no início de sua carreira. O papel amarelo falava de incentivo e transcrevia a amizade. Adenilson o carrega dentro do seu porta notas.
Disse uma vez para Reivaldo que ele era um simplista com a veia Whitmiana. Buscava nas pequenas coisas e nos pequenos nadas da vida a sustentabilidade da alma. Aprendeu instintivamente a ser amigo de todos a se doar e dar uma palavra de apoio a quem dele necessitasse. Mesmo um afeto!
Talvez esse vate catrumano tenha descoberto os segredos da vida! Deus-Pai quando manda uma alma a este mundo, o faz em missão! A do nosso Reivaldo era a de ser sempre um afeto ambulante.
Era um iniciado nos mistérios da Cabala? Não, uma simples alma de um poeta que aprendeu cedo a viver e a lidar com a eternidade dentro de si.
Muito embora não tivesse a oportunidade de uma longa vivência com ele, em uma tarde ele se desnudou aos meus olhos, Parou-me na rua e me falou da saudade que tinha das prosas com meu saudoso pai, na nossa fazenda em Lagoinha.
Relatou-me as manhãs de domingo nos anos 60 que por lá passava nos visitando, proseando com meu pai, contando causos e comendo sonhos recheados que a minha mãe fazia com café bem quente Os seus olhos marejaram lágrimas! A emoção de um momento vivido. Um pequeno nada que representa o todo da vida!
Que Deu-Pai o tenha ao seu lado nobre atirador de poemas!

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima