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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 28 de setembro de 2024
 

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Mensagem: DUAS DO QUINTAL, DUAS DE JOANIR.

Diz-nos o sábio Aristóteles que a felicidade é uma das conseqüências de se evitar todo excesso. Por isso é que o cronista, quase sempre, escreve sobre pequenos nadas que formam o todo da vida. O cronista, segundo o escritor e poeta Felippe Prates, é um operário das amenidades, um pinçador de acontecimentos leves, epidérmicos, que do cotidiano extrai o material para suas crônicas.
Ênio, proprietário do Restaurante quintal, se gabava de ter em estoque pra mais de duzentos tipos de cachaça com folhas e raízes. Cada uma, organizadamente identificada com o seu rótulo, para a boa informação e a serventia do usuário. Tinha cachaça para curar todo tipo de desgosto e até para mal de bêbado!
Pau Barbado, Pau Preto, para dor de cabeça, curar chifre, levantar o ânimo (esse, também!) e até a Sete Folhas, usada para os que gostassem de viajar no rumo de Maraquesh...
Tico Lopes passava normalmente pela rua e o Ênio o levou para dentro do seu estabelecimento para experimentar uma nova mistura. Papo vai papo vem, dose vai dose vem e, Tico encheu a cara e foi para casa escornado! Dia seguinte acordou soluçando e foi se queixar ao Ênio.
Ao verificar a cachaça que tomou no dia anterior estava escrito no rótulo: Para curar soluço!
O Conservatório Lorenzo Fernandes promoveu um encontro de diretores de conservatórios. Tico Lopes, encarregado de ciceronear os visitantes ilustres, encheu o quengo de cachaça e resolveu levar os convidas para almoçarem no Restaurante Quinta. Telefonou na última hora avisando que já estava indo com quarenta convidados!
O Ênio deu o grito dizendo não ter sido avisado antes e não dava mais tempo àquelas horas de fazer as compras e preparar tudo. Já era quase meio dia. Tico levou os convidados assim mesmo e lá chegando encontraram o restaurante fechado, com um incrível cartaz pregado à porta: “Fechado para almoço!”.
Um cidadão visitante na cidade tomava um café degustando um pastel curraleiro no Café Galo, ocasião em que contando vantagem, exibia uma gravura de um cogumelo de mais de metro de altura alegando tê-lo visto ao vivo na Holanda, em viagem recente àquele país.
Joanir Maurício que também bebia um cafezinho no famoso “point”, falou que em sua fazenda tinha cogumelo de dois metros. Estabelecida a discussão sobre a veracidade dos fatos, Joanir foi à sua casa e logo trouxe uma foto na qual se encontrava deitado em cima de um cogumelo de mais de dois metros de altura!
Certa feita, Marcolino conversava na Praça Doutor Carlos sobre pássaros. Falava a um interlocutor que tinha em sua casa um pássaro preto albino, ou seja, um pássaro preto branco. Logo ajuntou gente, uns duvidando outros acreditando e o Marcolino já estava quase passando como mentiroso, quando viu Joanir vindo em sua direção. Confiante na intuição do homem que era terrível, Marcolino chama Joanir e pede a confirmação de sua história do pássaro preto branco. Joanir sem perder a pose confirmou: tem sim! Pois fui eu que dei a ele o pássaro preto branco de presente!
E estamos conversados mais uma vez! Nós somos da roça, mas somos chiques! Uma feliz mistura de baiano macumbeiro com mineiro treiteiro!

Nós somos os famosos baianeiros, irmãozinho...

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