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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 20 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Produtores querem Estado fora do Jaíba - Irrigantes criticam IEF e acusam órgão de criar clima de guerra no Norte - Helenice Laguardia - Esgotados pela burocracia, multas, falta de assistência, sucateamento das estruturas e perda de credibilidade da Ruralminas, Copasa, Cemig e Instituto Estadual de Florestas (IEF), órgãos do governo do Estado de Minas Gerais, os produtores querem que o Projeto Jaíba, no Norte de Minas Gerais, passe a ser administrado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão federal que já controla 70% das áreas agricultáveis. O diretor do Distrito de Irrigação do Jaíba II, Eduardo César Rebelo, afirmou ontem que o órgão ligado diretamente ao governo federal tem mais condições de gerir o projeto. ´A Codevasf tem mais capacidade de resolver os problemas dos produtores. O Estado de Minas Gerais deixou degenerar o projeto Jaíba e instalou um clima de guerra aqui na região´, criticou. Para que os produtores possam expor suas decepções com o governo estadual, Eduardo Rebelo vai enviar carta (veja texto ao lado), em nome dos produtores, pedindo ao governador Aécio Neves que interceda junto à Assembleia Legislativa para que seja organizada audiência pública para definir um processo de federalização do Jaíba. ´Hoje estamos numa situação de total insegurança, as terras estão sendo abandonadas por produtores que temem ser presos e não possuem recursos para se defender da máquina burocrática do Estado´, explicou Rebelo. Na carta, Eduardo Rebelo, que representa cerca de 70 irrigantes da etapa II do Projeto Jaíba, explica que ´com o IEF nunca se encontrará um clima de respeito ao produtor, mas tão somente de conflito´. Ele reclama das multas distribuídas aos produtores e alega que falta defesa administrativa para eles, o que gerou prejuízos de ordem moral aos mesmos. ´O IEF não é órgão que possa conduzir um diálogo saudável e construtivo. Também encontra-se destituído de credibilidade e de filosofia voltada à sustentabilidade´, disse. Eduardo Rebelo também é diretor executivo da Ibá Agroindustrial, empresa com 2.000 hectares no projeto Jaíba II que, devido à burocracia ambiental, está produzindo culturas diversas em apenas 420 hectares. ´Tudo já era para estar implantado, tenho pivô de irrigação comprado para colocar em área de 75 hectares que custou R$ 260 mil e está parado´, reclamou. Ele também reclama do rigor e valor das multas aplicadas. A Ibá Agroindustrial gera mais de 300 empregos em 250 hectares de lavouras de café que vão produzir, este ano, a primeira safra de 1.500 sacas do café arábica, destinadas ao mercado consumidor da Alemanha. A propriedade tem outros 120 hectares de cana de açúcar, mas o projeto é de produzir 1.000 hectares do produto. Outros 50 hectares da Ibá Agroindustrial são voltados para a cultura de pimentão, que também é exportado para a Alemanha. Reunião frustra investidores - Um estado de desânimo e decepção com o Projeto Jaíba se abateu nos produtores no último dia 15, quando representantes dos governos estadual e federal se reuniram com o setor produtivo da região em Mocambinho, a 10 km de Jaíba. Todos esperavam a liberação para plantio das áreas embargadas e sob alvo de rigorosas multas aplicadas pelo IEF. Esperavam também a isenção de pagamento das taxas da Copasa sobre terras inativas, o que também não aconteceu. A expectativa era obter a garantia do governo do Estado da agilidade na liberação das licenças ambientais, mas o otimismo dos produtores se esgotou. Mas, segundo os produtores, a proposta levada pelos representantes do governo do Estado se resumiu à criação de um decreto lei para reconhecer a área do Jaíba como de utilidade pública, o que, pela lei da Mata Atlântica, liberaria a supressão vegetal e, assim, a área para plantio. (HL) Codevasf toca projetos de desenvolvimento regional - O Norte de Minas Gerais é um dos sete polos de desenvolvimento nos quais a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) atua. Na região, o órgão trabalha nos perímetros de irrigação do Jaíba, Lagoa Grande, Pirapora e Gorutuba, num total de 27.140 hectares. Somente no Jaíba são 19.080 hectares. Os outros polos são Guanambi, Formoso/Correntinha, Barreiras e Irecê, na Bahia, Juazeiro/Petrolina, na divisa da Bahia com Pernambuco, e Baixo São Francisco, entre Alagoas e Sergipe. A Codevasf é um órgão do ao Ministério da Integração Nacional que trabalha com foco no desenvolvimento regional dos vales do São Francisco e do Parnaíba, com ações planejadas. (Da Redação)

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