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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Apenas para responder à moça atraída pelo poema de 700 anos, na tarde chuvosa, desde BH. Iara: o poeta chama-se Rumi. Viveu pela mesma época de Francisco de Assis. A diferença - um Cristão, outro Muçulmano, místicos os dois, poetas arrebatados. Rumi, próximo da poesia de São João da Cruz; pungentes, voltados para o mesmo Senhor, por diverso caminho. Rumi inspira o Sufismo, a girante dança que aos céus conduz. Influenciou também os Sikhs da Índia. Deitou raízes em Kabir, que convém conhecer. Duzentos anos à frente. Mistérios. Não sei se aceitarão, pois é longo poema. Mas vale a pena ler, e reler, tresler: Poemas Místicos Jalal al-Din Husain Rumi Vêm Te direi em segredo aonde leva esta dança Vê como as partículas do ar E os grãos de areia do deserto Giram desnorteadas. Cada átomo Feliz ou Miserável, Gira apaixonado Em torno do sol. Ninguém fala para si mesmo em voz alta Já que todos somos um, falemos desse outro modo. Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma Fechemos pois a boca e conversemos através da alma Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo Vem, se te interessas, posso mostrar-te. Desde que chegaste ao mundo do ser, uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses. Primeiro, foste mineral, depois, te tornaste planta, e mais tarde, animal. Como pode ser segredo para ti? Finalmente, foste feito homem, com conhecimento, razão e fé Contempla teu corpo - um punhado de pó Vê quão perfeito se tornou! Quando tiverdes cumprido tua jornada decerto hás de regressar como anjo, depois disso, terás terminado de vez com a terra, e tua estação há de ser o céu. Não durmas, senta com teus pares. A escuridão oculta a água da vida, Não te apresses, vasculha o escuro. Os viajantes noturnos estão plenos de luz Não te afastes pois da companhia de teus pares. Faltam-te pés para viajar? Viaja dentro de ti mesmo, e reflete, como a mina de rubis, os raios de sol para fora de ti. A viagem conduzirá o teu ser, transmutará teu pó em ouro puro. Sofreste em excesso por tua ignorância, carregaste teus trapos para um lado e para outro, agora fica aqui. Na verdade, somos uma só alma, tu e eu. Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti Eis aqui o sentido profundo da minha relação contigo, Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu. Oh dia, levanta! Os átomos dançam As almas loucas de extase dançam, A abóbada celeste, porcausa deste Ser dança Ao ouvido te direi aonde leva sua dança. Ontem à noite, confidencialmente, eu disse a um velho sábio: _ Não me esconda nada dos segredos do mundo! Muito docemente, ele me disse ao ouvido: - Chut! Podemos compreender, mas não exprimir! Quero fugir a cem léguas da razão, Quero da presença do bem e do mal me liberar, Detrás do véu existe tanta beleza: lá está meu ser, Quero me enamorar de mim mesmo, ó vós que não sabeis! Eu soube enfim que o amor está ligado a mim. E eu agarro esta cabeleira de mil tranças Embora ontem à noite eu estivesse bêbado da taça, Hoje, eu sou tal, que a taça se embebeda de mim. Ele chegou... Chegou aquele que nunca partiu... Esta água nunca faltou a este riacho Ela é a substância do almíscar e nós seu perfume, Alguma vez se viu o almíscar separado do seu cheiro? Se busco meu coração, o encontro em teu quintal, Se busco minha alma, não a vejo a não ser nos cachos de teu cabelo. Se bebo água, quando estou sedento Vejo na água o reflexo do teu rosto. Sou medido... ao medir teu amor Sou levado... ao levar teu amor Não posso comer de dia nem dormir de noite Para ser teu amigo Tornei-me meu próprio inimigo. Teu amor me tirou de mim, De ti, preciso de ti Noite e dia, eu queimo por ti De ti, preciso de ti. Não posso dormir quando estou contigo por causa do teu amor Não posso dormir quanto estou sem ti por causa de meu pranto e gemidos. Passo as duas noites acordado mas, que diferença entre uma e outra! Não temos nada além do amor Não temos antes, princípio nem fim A alma grita e geme dentro de nós: - Louco é assim o amor Colhe-me, colhe-me, colhe-me...

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