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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: AMOR IMPOSSÍVEL Hoje encontrei a foto da Rua Gorki, onde você me disse que passearíamos um dia. Bateu-me uma enorme nostalgia, pois nunca mais vou ver você e nem passear ao seu lado na Rua Gorki, nem em lugar algum. Existem amores que nunca nos abandonam na saudade. Ficam como protótipos do amor verdadeiro, talvez porque nunca se realizam. Nossos corações e nossos corpos arderam em fogo, mas nunca sua mão tocou a minha. Sonhamos com um futuro que jamais existirá. Fizemos mil planos que jamais haverão de se concretizar. Hoje, se ouço uma bela música, choro pensando em você. Se vejo um belo quadro, lembro-me do quanto você o apreciaria! Tudo de bom traz no bornal a sua lembrança... Ah, quanto eu o amaria! Mas, assim, não quis a vida! Ou não quisemos nós? Conhecê-lo foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Sua alma tão límpida... Seu coração de anjo... Sua face tão nobre! Depois de você, como posso amar algum outro homem? Nenhum nunca conseguirá ser tão belo e maravilhoso! Nenhum será tão amigo, nem tão romântico, nem tão espiritualizado! Se leio um belo texto penso logo em lê-lo para você... Se os caminhos são belos, lembro como você os amaria! Se a chuva tamborila leve na vidraça, você chega junto com ela. Se é o sol, você brilha com ele. Em tudo está o seu espírito! Ah, as praias que nunca verei, os caminhos pelos quais nunca caminharei, as músicas que nunca escutarei, os livros extraordinários que nunca lerei... Os poemas que nunca farei... Tudo é você! Todos os amores que tive na vida eram pálidas imitações do amor que, um dia, arrebataria minh’alma. Mas, você nem nunca saberá desse amor. Nunca tomará conhecimento de minhas lágrimas, de minha saudade, de minha solidão! Você: o homem que eu busquei, talvez por muitas vidas, escapou-me como água a escorrer pelos dedos. Você dizia que era um anjo que me trouxe à terra para, depois, encarnar e podermos nos encontrar e amar, vestidos de humanos. Mas, não era verdade! Era apenas um sonho e eu acordei e fiquei condenada a chorar para sempre com a lembrança eterna de um amor que nunca se realizou. Maria Luiza Silveira Teles (presidente da Academia Montes-clarense de Letras)

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