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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Perdemos até a graça Manoel Hygino - Hoje em Dia Um país com antenas ligadas aos acontecimentos políticos e jurídicos, com foco sobretudo em Curitiba, São Paulo e Brasília. Aliás, não poderia ser de outro modo. Os fatos são extremamente graves para que o cidadão os ignore. Defende-se a tese de que as instituições funcionam... Funcionam? Em Montes Claros, a maior cidade do Norte de Minas, apreenderam dois rapazes de 15 anos, suspeitos de tráfico de drogas em uma escola e que promoviam desordens no estabelecimento, mediante explosão de bombas caseiras. Em suas mochilas, encontraram buchas de maconha. Noutro bairro, num Centro Socioeducativo do Adolescente, com nome de Nossa Senhora Aparecida, um agente abriu alojamento para conduzir um interno para atividade recreativa, e foi surpreendido por outros jovens, armados com chuços, que imediatamente evadiram após ferirem funcionários. Assim se funciona. A Justiça Federal do Rio de Janeiro estuda obrigar o INSS a fazer perícias médicas em até 15 dias do agendamento. O pedido liminarmente foi deferido na ação civil pública que o Ministério Público Federal moveu contra o INSS em razão da greve dos peritos. Os requerentes chegam a sofrer 180 dias de espera. “O que nós concluímos é que o modelo que existe, onde tudo depende do perito, não funciona mais e não conseguimos resolver esse problema”. A declaração é do subprocurador da República, Darcy Vitobelli, que aduziu: a greve que terminou em fevereiro só agravou o problema. Não conseguimos enganar-nos o tempo todo. Sabemos que a situação é extremamente delicada e que a referência à boa fase das instituições e do Estado não corresponde à realidade. As pessoas estão indignadas, desesperançadas, acabrunhadas e a alegria nas grandes promoções artísticas e do Carnaval é só lenitivo e efêmero. Quem obrigatoriamente recorre aos meios de comunicação percebe que más notícias predominam e que responsabilidade e culpa não cabem à imprensa ou aos jornalistas. As constatações resultam do próprio teor das informações, retrato fiel e triste da nação. As áreas de saúde, de educação e de segurança, que envolvem o cidadão e as famílias, direta e duramente, são uma lástima. O Aedes aegypti, cujo malefício vem de longe no tempo e no espaço, se tornou praticamente igual ao câncer em ameaça à população. As prefeituras não têm condições de manter postos de atendimento aos doentes e a União está zonza no turbilhão de demandas. Em verdade vos confesso que nos encontramos em período doloroso, sobretudo porque a sociedade não crê mais nos gestores do bem público, enchafurdados na maior calamidade ética da história brasileira. E temos mais de cinco séculos de descoberta da terra por Cabral, cujo feito sequer serve mais para bem-humoradas letras do tríduo momesco. Apesar de tudo, as manifestações do último domingo (13), em todo o país, parecem servir de consolo e de algum sinal de esperança. Há milhões que esperam; e, enfim, milagres acontecem. É o que as multidões nas ruas e os milhões que permaneceram em casa aguardam. Ainda.

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