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Mensagem: M. Claros teve ontem ao entardecer - entardecer de Sexta Feira da Paixão - uma chuva de Outono. Durou quase uma hora, após as 17h, e a chuva foi precedida de um fim de tarde em tons avermelhados, especialmente sobre a serra que dá nome a nós - os montes claros, nossa mínima cordilheira, a oeste do ponto zero, que é a mendicante Praça da Matriz. (Serraria de onde, não há muitas décadas, pendia bela cachoeira visível por toda a população, no seu caudal prateado, que a lua fazia maior. Depois, muito depois, a cachoeira foi perdendo força, exausta, e resistia apenas por alguns meses no ano. Foi minguando, minguou, e hoje prossegue apenas na lembrança, e na fenda esculpida na pedra. Esse seu leito na rocha esconsa, inclinada, segue visível, até de longe). Bem. A chuva de ontem - e seu tanto de ventos - derrubaram árvores isoladas e causaram inundações em alguns pontos. Foi copiosa,, volumosa, farta, caudalosa. Chuva de Outono. Chuva. Contudo, para alguns que se manifestaram pelas redes, tratava-se do ´céu do apocalipse´, como chegou a registrar um jornal de BH. Na região central, a chuva foi de 32mm, estou informado, e vai ajudar a manter o reservatório de água da cidade no nível apenas satisfatório para suportar os próximos meses, de estio. Realmente, seguimos desacostumados de ver e contemplar a Natureza, que é e sempre será o Corpo de Deus. Não vale maltratá-la, ou culpá-la. Cosmos e Caos. São coisas distintas (e onde estamos metidos), e que precisam ser aprendidas, diferenciadas, meditadas. Por bem, ou por mal - como parece ser no caso. Sairemos desta, e melhores. Deus esteja - murmura o Sertão, que acredita, sempre, reverente ao Criador.

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