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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A MORTE E O MORRER... Glorinha Mameluque A morte é questão fundamental com a qual todos nós vamos nos deparar na vida. É a única certeza que temos. As pessoas que têm fé, que possuem uma espiritualidade, que acreditam que a vida continua e que vivem essa vida de forma responsável, têm mais possibilidades de ter uma aceitação serena da morte .Mesmo assim, a morte ainda mete medo na gente. A psicóloga Rita Macieira diz em um dos seus livros: “ A morte não é um fracasso, pois faz parte da vida assim como o nascimento. São dois momentos do mesmo ciclo evolutivo.” A morte é uma parte da vida, sua etapa final, da qual não podemos fugir e da qual ninguém pode nos livrar. Em outras palavras, morremos um pouco a cada dia. Deveríamos então olhar para a morte com tranquilidade e nos prepararmos para ela, tomando as providências para uma morte digna. No entanto tememos a morte porque traz sofrimentos e significa perdas, separações, lutos, temores, raiva e tristeza. Faço essa introdução para refletir sobre quantas vidas têm sido ceifadas nesse tempo de pandemia. Quanto sofrimento para tantas famílias que perdem seus entes queridos e muitas vezes sem o tempo de uma despedida, o que faz o luto ainda mais sofrido. Nesse momento de dor para tantas famílias, quero homenagear pessoas queridas que nos deixaram recentemente, por Covid ou não, mas que fizeram parte das nossas vidas: HIBELMON E NORMA: um casal que trabalhou conosco nos primórdios do Encontro de Casais com Cristo em Montes Claros, Hibelmon, sempre sábio e participante e Norma, uma simpatia cativante que fazia das nossas reuniões, momentos agradáveis de estudo e reflexões. JOSÉ ROMUALDO E JACY: um dia recebi em minha casa uma visita inesperada; a Jacy veio pedir-me que escrevesse uma crônica para os 63 anos de casamento deles. Eu não a conhecia, mas atendi o seu pedido e escrevi. Tempos depois, ao elaborar um novo livro, inseri neles a crônica e levei de presente para eles. Qual não foi a alegria dos dois... uma coisa tão simples, mas que pude realizar. Ao final da crônica, assim escrevi: “José Romualdo e Jacy, um dia foram cativados um pelo outro e até agora permanecem responsáveis pelo que cativaram e por isso merecem nessa comemoração de 63 anos todo nosso respeito , admiração e aplausos. Parabéns!” José Romualdo já havia nos deixado e agora recentemente vejo nos jornais que Jacy foi se encontrar com ele, para viverem juntos na eternidade. Perdemos pela Covid muitas pessoas queridas, filhos ou parentes de amigos, como dois filhos de AMELINA, confreira da Academia Montes-clarense de Letras ; FABRÍCIO, filho de Dilson e Terezinha, ainda tão jovem e com tantos planos; KLEBER, filho de Miro Vídeo, professor na Funorte e irmão de Júnior de Vanessa, atuantes na Pastoral Familiar ; DIVINO de Iracy, um casal atuante no ECC e Pastoral Familiar; EDUARDO, pai de Dante, meu sobrinho, tão jovem também e cheio de vida ; DOLORES GUEDES, filha de Godofredo Guedes e que foi minha colega por muitos anos na Superintendência Regional da Fazenda e por último nessa semana: RAILDA BOTELHO, jornalista, que foi nossa confreira na Academia Feminina de Letras e MERCÊS de Pio, que muito atuou no ECC e Pastoral Familiar na Paróquia São Sebastião. Com muita tristeza vemos essa lista continuar e só nos resta rezar por eles e por suas famílias, por perdas tão preciosas. Nesses dias, chega a nós uma notícia que nos deixou chocados e tristes: a morte de SÉRGIO MENDES, para nós, que convivemos tanto com ele, mais recentemente: Sérgio de Conceição. Era uma pessoa cheia de vida, de entusiasmo, de alegria, que participava de corpo e alma em todos os projetos. Lembro-me com exatidão do seu sorriso aberto, do abraço apertado, das demonstrações de carinho quando me encontrava. Trabalhamos juntos por ocasião do Congresso Nacional do Encontro de Casais com Cristo aqui em Montes Claros. Ele foi o braço direito do casal coordenador geral, eu e Pedro. Não media esforços para que tudo saísse bem. Ao ver o auditório do Colégio Marista sendo arrumado com cadeiras muito simples, não pensou duas vezes: mandou fazer capas para todas as cadeiras, e cortinas para as janelas, transformando o ambiente num aconchegante espaço. A mesma coisa com o refeitório montado na quadra esportiva do Colégio. O entusiasmo dele era contagiante. Na preparação para o Congresso, que foi o maior evento do ECC já acontecido aqui, com participação de representantes de todos os Estados do Brasil, fizemos uma caminhada de Paróquia em Paróquia com as imagens de Nossa Senhora e São José, que pedimos emprestadas na loja de Natividade uma senhora que vendia imagens, com a promessa de devolvermos depois. Ao final, resolvemos, ele e nós comprarmos as imagens, pois significaram muito para nós. Ele e Conceição ficaram com o São José e eu e Pedro com a Nossa Senhora. Como não me lembrar desses fatos nesse momento de dor porque passam sua família e seus amigos? Que nossos mortos tenham o descanso eterno e merecido, de vez que muito fizeram nessa vida e agora podem descansar em paz. Presidente da Academia Montes-Clarense de Letras, e membro da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco, do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e da Academia Feminina de Letras de Montes Claros

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