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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Nossas montanhas Manoel Hygino O recente número da revista Magiscultura, relativa a abril, publica agradável matéria assinada pelo jornalista Manoel Marcos Guimarães, seu editor, sobre “as montanhas e as artes em Minas”, dando ênfase ao íntimo liame entre a velha província e sua geografia. As montanhas comparecem ao longo do texto. A este, aliás, seguem-se dois outros, assinados por J. D. Vital e Paschoal Motta, além do poema “Lamento serrano (Ode à Serra do Curral)”, de autoria de Renato Jardim, Juiz de Direito em Belo Horizonte. Matéria extensa merece leitura pela importância dos autores, mas ainda pelo tema. Eu, que sou de Montes Claros, teria razão – ou não teria?, para explicar, porque o nome de minha cidade natal já contém referência cristalina à paisagem da região em que se localiza, cujos desbravadores lograram alcançar a Serra Geral. E a presença das montanhas se insere na letra do próprio hino oficial do município. Minas e a montanha vivem juntas, assim estão desde tempos imemoriais e nem a extração compulsiva de suas riquezas, do minério de ferro especialmente, conseguirá mudar o que a natureza estabeleceu. Os que por aqui passaram, cientistas, naturalistas e aventureiros, não esquecem o que viram e os encantou. Minas foi protegida pela natureza contra invasões. João Camillo de Oliveira Torres, de Itabira como Drumond, explicou que “uma grande linha de montanhas altas, escarpadas, rigorosamente paralela à praia, emerge no sul da Bahia e vai até o Paraná. Qualquer pessoa que desembarca no Brasil e pensa em ir ao território mineiro, encontra pela frente a barreira da Serra do Mar. Mas as expedições vieram e a porta de um vasto sertão estava aberta. As serras azuis de grandes cumes piramidais e formas estranhas começaram a atrair homens”. José Antonio Breyner Torres, ou simplesmente Zé Torres, nascido em Mariana, declarou: “Ao aurorescer / as montanhas de Minas / lembram dorso de mulher / ressonando nua / sobre o cetim cinza da alvorada. Ao anoitecer também / só a cor do lençol cambia / sutilmente para cinza mais azulado. E, quando é noite de lua plena / a sensualidade é cabal / até o arfar se percebe / na languidez das curvas / sobre o lençol de seda negra.

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