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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Esperando o BID Manoel Hygino A eleição de Ilan Goldfajn à presidência do BID tem dado o que falar, e se compreende perfeitamente. Embora o nome, ele é brasileiro e personalidade conceituada nos altos negócios do Brasil. Sabe-se que o BID é importante fornecedor de crédito para países da América Latina e Caribe e, para chegar ao mais elevado posto da instituição, Goldfajn teve de enfrentar poderosos grupos e personalidades no mundo do dinheiro e do empresariado, inclusive os interesses de outros governos pretendentes ao cargo. Desenvolto e rápido na manifestação de suas posições nas áreas que enfrentará, como já demonstrou no Banco Central, de que foi diretor, o novo presidente do BID não se deixou envolver pelas opiniões e manifestações daqueles que são contra seus pontos de vista. Ele sabe o que pensa e o diz com competência e argumentação de hábil contendor. O que o move agora é o poder que adquiriu, ao ascender à presidência com 80% de votos do seleto eleitorado, sem se misturar com outros possíveis técnicos da área econômica. Não se trata, no caso específico, de uma Copa do Mundo, do lado de cá do planeta. Ilan conhece o que tem em suas mãos. Apenas para o setor público, o BID dispõe de uma carteira de empréstimos de US$ 14 bilhões. Para a área privada, há uma divisão como a BID Investe, com aproximadamente, US$ 4,53 bilhões disponíveis. Não é só: por sua BID Lab, há US$ 100 bilhões, que as destinam a financiar startups, que andam tão em moda internacionalmente. As nações das Américas e do Caribe especialmente estão de olhos gordos nestes créditos. Não se esqueça, ademais, que uma das maiores negociações com o BID e o Brasil se concretizou com Minas Gerais, durante o mandato do governador Israel Pinheiro. Foi a de financiamento do Planoroeste o mais elevado empréstimo aos países representados no Banco, naquele período. Recordo que, então Israel ressaltava o significado dos 145 milhões de cruzeiros aplicados de 1970 a 1975 pelo BID, enquanto o governo mineiro entraria com igual importância para concretização do projeto anunciado. Seria oportuno que se inspirasse no passado e se avaliassem os resultados do projeto e da opção dada pelo BID naquela oportunidade. Um novo estado surgia naquela extensa região de Minas, abrindo expectativas para novos e vultosos empreendimentos. Os bons exemplos se encontram evidentemente no pretérito.

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