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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 28 de setembro de 2024
 

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Mensagem: 31/10/08 - 11h26 - ´Foi o desenvolvimento que criou tudo isto, fez a cidade crescer e mudar o jeito sertanejo do povo pacato com poesia no modo de falar e simplicidade no gesticular. Foi o progresso´

Oportuna a análise de José Prates. Lúcida, de alguém que nunca deixa de se oferecer para fazer a humanidade caminhar. Tomo, porém, a liberdade de buscar no dicionário Aurélio o significado da palavra progresso. Esta lá: 1- Ato ou efeito de progredir; progredimento, progressão; 2 - Movimento ou marcha para diante; avanço: 3 - O conjunto das mudanças ocorridas no curso do tempo; evolução; 4- Desenvolvimento ou alteração em sentido favorável; avanço, melhoria´.
Por esta definição, e por esta forma, não podemos chamar de progresso a involução da vida, como acontece bem perto de nós.
Não é avanço, é retrocesso humano.
Desde o início dos anos 80, com a adoção de práticas populistas na administração pública, entre outras cosias, vem caindo assustadoramente a qualidade de vida da população de M. Claros.
Qualidade de vida.
São estas três singelas palavras que hoje traduzem corretamente o que antigamente atendia pelo nome de “progresso”.
Se a vida não melhora, se a qualidade de vida não ascende, como é o nosso caso presente, não há de se falar em progresso. Muito menos em desenvolvimento. Desenvolvimento material, vá lá, conceda-se, com sofrimento; mas sem a correspondência indispensável do desenvolvimento humano, o desenvolvimento moral, entre eles. ´Progresso´ material, de coisas inanimadas, costuma ser inchaço. Pensem nisto.
Não custa lembrar, uma vez mais, o que está escrito na sepultura de Immanuel Kant, o pai da filosofia moderna, na extremidade de um catedral parcialmente atingida pelos ferozes bombardeios da Segunda Grande Guerra, entre 1944-1945. O túmulo situa-se numa das extremidades da catedral, parcialmente arrasada, e lá, voltadas eternamente para as estrelas, estão as inscrições que devem ser insculpidas crescentemente na consciência de todos nós, pobres mortais: ´Duas coisas preenchem o espírito de uma admiração e de uma veneração crescentes e renovadas, à medida que a reflexão nelas incide: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim”. O céu e a lei moral.
Meus amigos - uma vez por todas, compreendamos que progresso não é isto que aí está. Ainda, não! Lutemos, sem descanso, pelo verdadeiro e único progresso. Que é o progresso humano, de cada um de nós, em particular, de todos, em conjunto.
Pobre ´progresso´ este que nos espreme e vitima, e amontoa já 76 corpos, duas salas de aula de corpos sem vida, de uma batalha não menor do que as da Segunda Guerra Mundial, mas em tempos de paz. Numa cidade que era um sonho, acostumada a cantar, pelas ruas, as mais belas canções de amor.

Progresso?

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