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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de setembro de 2024
 

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Mensagem: (Do livro ´Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos´ - Parte 56)

APRESENTAÇÃO DO PROJETO COTEMINAS EM SOLENIDADE NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE MINAS, EM BELO HORIZONTE

Dep. Luiz de Paula

Queremos, em ligeiras palavras, oferecer alguns dados a mais sobre a Coteminas.
De início desejamos manifestar o quanto nos sentimos honrados e agradecidos por vossa presença, que tanto prestigia esta solenidade, ao mesmo tempo nos estimulando e nos encorajando em nosso trabalho.
A fábrica da Coteminas nasceu de estudos e planificações que se cristalizaram em 7 anos de trabalho, abrangendo todos os enfoques vitais para um cometimento de tal natureza. Nas pesquisas realizadas, demoramo-nos no reconhecimento do mercado de demanda, onde a exigência do cliente passou a ser lei soberana e em que a elevação do padrão de vida muda o gosto do consumidor, que passa a reclamar mais elevado grau de qualidade. Com igual critério avaliamos as fontes de matéria prima, as possibilidades de mão-de-obra, o estímulo dos incentivos fiscais e creditícios da Sudene, a vantagem locacional da área mineira do Polígono, tendo em vista as disponibilidades de recursos do centro-sul, e assim por diante. Na definição do tecido a ser produzido, evitamos colidir com os interesses da indústria têxtil mineira. Na escolha das máquinas, procuramos a orientação mais segura e atualizada. Nesse trabalho tivemos acesso a dados levantados pela CEPAL, que realizou pesquisas na indústria têxtil da América Latina, e encontrando bons padrões de produtividade apenas na Venezuela, na Colômbia e no Peru. Os demais países, segundo concluiu aquele órgão técnico das Nações Unidas, necessitam reequipar-se, salientando que outros países estão passando à frente do Brasil em seus programas de reequipamento. Dados colhidos em 850 fábricas de tecidos do País informam que o rendimento das fiações representa apenas 58% do rendimento padrão para a América Latina, e o da tecelagem fica em torno de 54 por cento do que se pode alcançar com maquinaria moderna. A mesma fonte acrescenta que podem ser considerados obsoletos ou caminhando para a obsolescência 80% os fusos e 70% dos teares instalados.
Sabemos que as fábricas mineiras, em sua maior parte, encontram-se na faixa sadia da exceção, devidamente aparelhadas, mas a realidade gritante, na maioria das outras fábricas, está a reclamar renovação das instalações e implantação de novas fábricas como a da Coteminas.
Existe hoje um tipo de tear, avançado tecnologicamente, que produz tecido de modo contínuo e em várias larguras, sem lançadeiras e outros acessórios e com reduzida mão-de-obra, produzindo por 6 teares comuns. Em dois anos (1967/68) a Argentina adquiriu 350 desses teares; o México adquiriu 300; a Colômbia, 90; o Chile, 50. O Brasil precisaria de 600 desses teares modernos para reequipar-se convenientemente. Todavia, no período citado, adquiriu apenas 36 unidades, o que demonstra com quanta velocidade temos de nos encaminhar para renovação de nosso parque têxtil.
Esses teares, que estão revolucionando a nobre indústria dos tecidos, são fabricados em vários países, sendo melhor referidos os de procedência suíça, da marca SULZER.
Foram esses, exatamente esses, os preferidos pela Coteminas.
A fábrica surge assim adequadamente dimensionada desde os mínimos detalhes e está sendo construída como um todo, sem pontos de estrangulamento e a salvo de setores ociosos ou do reclamo de acréscimos improvisados que pesam negativamente na estrutura econômica de estabelecimentos implantados sem o devido critério técnico-econômico. O projeto original foi elaborado por categorizada equipe de técnicos brasileiros e japoneses e posteriormente remetido à Europa, a uma firma de consultores especializados, de renome internacional, que o revisou de ponta a ponta, resultando desse trabalho conjugado um projeto da mais alta qualificação, com um fluxo de produção racional e simples, sendo seus edifícios implantados em módulos que permitirão acréscimos em qualquer dos setores - seja na preparação, na fiação, na tecelagem ou no acabamento, ou, ainda, na administração - de acordo com o comportamento do mercado no futuro, sem quebra da harmonia do conjunto e mantendo-se inalterado o fluxograma original em toda sua simplicidade e racionalidade.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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