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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Tadeu, Conrado e a defesa de Zé Carlos Priquitim

O prefeito Luiz Tadeu Leite, no bom ano de 1988, convidou para uma solenidade de inauguração de iluminação pública de um bairro da cidade, o seu aliado político Conrado, campeão de votos na região do grande Santos Reis, incumbindo-o de fazer o discurso solene.
Concedia, assim, o alcaide, mais espaço ao edil visando à reeleição do mesmo em pleito próximo. A solenidade fora marcada para 17 horas. Pontual como sempre, Tadeu chegou com uma hora de antecedência visando um corpo a corpo com os eleitores. Depois de muito esperar e com os moradores do bairro já impacientes, Conrado finalmente chegou às 19 horas.
Transcorrida a solenidade, o prefeito cobrou do seu vereador o não cumprimento do horário aprazado. Firme nos arreios, Conrado respondeu em cima do pedido: “Muito me admiro, Tadeu! Eu não sou tolo! Onde que já se viu inaugurar iluminação de dia?”.
Douta feita, Tadeu o convidou para se assentar ao seu lado em um jantar de gala no Automóvel Clube. Posudo, no seu terno de casimira Aurora feito pelo mestre alfaiate Vavá, Conrado estava com apetite e deixando de lado as formalidades, já que desconhecia etiquetas de salão e o jogo de cena dos socialites, comeu quatro guardanapos de papel.
Postos ali na mesa dentro de um pequeno e decorado prato de sobremesas, os guardanapos foram degustados como boquinha e tudo, acompanhando um “scotch” importado.
Terminado o rega bofe da elite de Figueira, Tadeu Leite pergunta ao edil da Malhada: “Que tal o jantar, Conrado? De primeiríssima, não?” Conrado rasgando um sorriso tupiniquim e inocente, típico dos puros de coração, respondeu na bucha: “Tava beleza! Só na abertura comi três beijuzinhos especiais, bem molinhos, daqueles ali...” Falou apontado para o prato de guardanapos.
Um grupo de “habitués” que freqüentava o Café Galo conversava amimadamente às seis e trinta da matina, ocasião em que se falava das mais belas mulheres montes-clarenses. Como sou distraído, citei como exemplo de beleza uma antiga dama da noite dos anos 50 que freqüentava o Cassino Minas Gerais e fazia sucesso pelas suas qualidades na alcova.
O irmão mais moço da beleza citada estava presente na rodinha, no lugar errado e na hora errada! Ficou indignado, pensado ser a minha observação uma retaliação à sua pessoa ali presente. Exigiu explicações.
Para meu alívio e conseqüente controle da situação bastante constrangedora, o advogado Zé Carlos Priquitim estava presente na rodinha e sentindo o peso da mancada tomou a palavra e fez a minha defesa. Alegou que o fato aconteceu em virtude da comparação às mais belas mulheres da terra de Figueira.
A condição de mulher da vida fora citada ´apenasmente´ para melhor identificar a personagem em tela.
Contornou, assim, inspirado e com brilho, o mal entendido, evitando um atrito entre as partes que poderia acarretar sérias conseqüências...!

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