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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Socorro a frigorífico depende de parceria – Girleno Alencar – Janaúba – O Grupo Independência não receberá novos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para retomar suas atividades. Qualquer novo socorro financeiro fica subordinado à parceria com outro grupo empresarial sólido, que deverá assumir o controle do frigorífico, conforme anúncio do deputado federal Virgílio Guimarães (PT), ontem à tarde, em Janaúba, durante a audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais da Assembléia Legislativa, para discutir a reabertura do frigorífico Independência no município, o único do Norte de Minas e que paralisou suas atividades. O parlamentar explicou que trazia as informações da diretoria do BNDES, que se reunirá hoje em Brasília para avaliar o pedido do Independência. As informações repassadas pelo banco mostram que o frigorífico estava em situação financeira grave antes mesmo da crise econômica internacional. O anúncio frustrou as lideranças janaubenses, que lotaram o auditório Marly Sarney, na expectativa de receber informação sobre a retomada da produção. Trata-se da quarta paralisação do frigorífico desde quando foi criado. Centenas de trabalhadores, que estão sem trabalhar e receberam o salário na última sexta-feira, lotaram o recinto. Na abertura da audiência, Guimarães alertou para o fato de não se criarem falsas expectativas, afirmando que o Grupo Independência tinha requerido financiamento no BNDES e recebeu R$ 220 milhões. A crise econômica mundial acelerou a gravidades do quadro. “Posso garantir que o dinheiro não será liberado do jeito que está. Somente se tiver uma parceria sólida. O Grupo precisa de um sócio, como ocorreu no caso da Varig”, explicou o parlamentar, que propôs que os pecuaristas se unissem aos trabalhadores criando uma cooperativa para explorar o frigorífico de Janaúba. Outra alternativa seria abrir a empresa com outro nome para obter crédito. O deputado Ruy Muniz contestou as informações do parlamentar petista afirmando que o Independência honrou seus compromissos e teve sua economia comprometida por ter vendido um navio de carne para a Rússia, que não pagou, ameaçando a devolver a carga. Da mesma forma, vendeu para a China, que emitiu título de crédito, mas não resgatou. O vice-presidente do Sindicato Rural, José Aparecido Mendes, lembrou que a dívida do Grupo Independência é de R$ 220 milhões, sendo R$ 20 milhões no Norte de Minas. Ele lembrou que, do mesmo jeito que o Governo socorreu bancos e a indústria automobilística, precisa socorrer o setor de produção de carne, que corre risco de quebrar, assegurando que a arroba do boi, que estava sendo vendida a R$ 77,00, caiu para R$ 67,00, após o fechamento do frigorífico. O presidente do Sindicato Rural de Janaúba, Huarisson Cangussu Bionicão pediu que Minas reduza a pauta bovina de impostos para permitir que animais saiam da região em direção a centros consumidores. Lembrando a necessidade de linha de crédito do BDMG para peciaristas que trocaram nos bancos o título que receberam do frigorífico e, agora, estão sem poder saldar a dívida. O vice-presidente da Federação da Agricultura, Júlio Gonçalves Pereira, mostrou que, sem uma pauta mais baixa da pecuária, a região não poderá vender bovinos para São Paulo e Nordeste, com enorme prejuízo.

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