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Mensagem: ETE será inaugurada em agosto – Girleno Alencar – Montes Claros – A Estação de Tratamento (ETE) de Esgoto de Montes Claros será inaugurada em agosto deste ano, com investimento de R$ 66 milhões, conforme anúncio realizado pelo diretor de Operações Norte da Copasa, Márcio Kangussu. Acompanhado do coordenador de obras, Cláudio Dotti, e do superintendente regional da Copasa, Daniel Antunes, Márcio Kangussu esteve vistoriando os serviços. Desde 1999, Montes Claros prorrogou a concessão da exploração de água e esgoto com a Copasa. A empresa ficou responsável em deixar a cidade com 100% de água encanada e esgoto tratado. A instalação da ETE sofreu vários atrasos por causa da falta de projetos técnicos. Ela deveria ser inaugurada em dezembro de 2004, sendo prorrogada para dezembro de 2008. Posteriormente, no Termo de Ajustamento de Conduta assinado com a Curadoria de Meio Ambiente do Ministério Público, ficou acertado que a ETE seria inaugurada em julho de 2009, mas foi adiada novamente, para agosto. Na visita que fez ao canteiro de obras, Márcio Kangussu salientou que os projetos de saneamento básico, em Montes Claros, estão orçados em R$ 130 milhões, com recursos da empresa e contra-partida da prefeitura. Ele ressalta a importância da construção da ETE, que é a maior obra em execução em Montes Claros, gerando cerca de 500 empregos. “Exatamente pela importância da obra estamos desenvolvendo todos os esforços para que o cronograma dos serviços seja cumprido religiosamente e ela possa ser concluído dentro do tempo previsto, conforme termo do acordo firmando com o Ministério Público do Meio Ambiente”, afirma o diretor de Operação da Copasa. Márcio Kangussu lembra que a ETE despoluirá os rios Vieira e Verde Grande, contribuindo para realização da Bacia do Rio São Francisco. A ETE ocupa um terreno de cerca de 130 hectares, localizado nos fundos do antigo Frigonorte, próximo ao Bairro JK. Ela terá capacidade para o tratamento de 500 litros de esgoto por segundo. Cerca de 90% das obras físicas já foram construídas e 50% dos equipamentos para o tratamento de esgoto foram instalados. Os outros 50% foram adquiridos e já estão em processo de produção nas indústrias fornecedoras. A estrutura do empreendimento é complementada ainda por redes de interceptores e unidades coletoras ao longo dos rios e córregos que atravessam a área urbana. Falta de projeto atrasou obra O cronograma de conclusão da ETE estava prevista para dezembro 2004 e o atraso foi provocado pela falta de projeto da localização da obra, que deveria ter sido feita pela prefeitura. Em 2005, a prefeitura renovou o contrato da concessão, aumentando 4,3 quilômetros de rede de esgoto e saneamento, sendo 1,5 quilômetro do Córrego Bicano, 1,5 quilômetro do Córrego Vargem Grande e 1,2 quilômetro do Rio Pai João, que tem três quilômetros de extensão na área urbana. Em setembro de 2005 foi assinado o convênio e a obra foi reiniciada em 2006, quando o Ministério Público fixou prazo de 18 meses para conclusão do empreendimento. A data venceu em maio de 2008 e a Copasa solicitou o adiamento para o final de 2008. Houve novo adiamento, para agosto de 2009. O que preocupa os ambientalistas é que a ETE tem vida útil de 20 anos. A estação terá capacidade para atender 540 mil pessoas. Por isso, os especialistas querem que sejam iniciados os entendimentos com a empresa estatal para que seja projetada a segunda etapa da estação de tratamento, como forma de impedir que em algum momento Montes Claros fique com uma área sem rede de esgoto tratado.

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