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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 27 de abril de 2024
 

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Mensagem: O ESCANDALO SARNEY JOSÉ PRATES Só nos cabe lamentar o que hoje acontece na política nacional, tendo como centro o presidente do Senado José Sarney e sua família. Lamentar a deterioração política de um homem que, embora por acaso, foi o Presidente do Brasil e, por algumas vezes, chegou à presidência do Senado da República, a mais alta corte do legislativo. Nordestino rico, acostumado aos clãs que se consideram donos do lugar, coisa típica do nordeste afeito a conchavos rotineiros dos políticos do passado, é gente que tem a política como sendo sua vida, considerando-se intocável pela posição de destaque e mando, conquistada à custa do voto popular num mundo de alta pobreza. Vive ainda, na alma, a cultura do coronelismo que imperou no sertão nordestino e, por isso, possivelmente nunca imaginou que estivesse cometendo erros usando o poder em proveito próprio e da família, em detrimento dos interesses do povo que representa no legislativo nacional. Isto era, até a pouco, pratica corriqueira num país com pouco hábito de democracia, quando o poder político e por riqueza determinava a impunidade. Preso ao seu mundo particular, não sentiu que o país cresceu e, aos poucos, a democracia foi-se fazendo presente, cobrando o que se fez de errado em seu nome. Por isso, agora, triste e lamentavelmente no ocaso de sua vida, está colhendo os frutos do que plantou em meio século de política. Já faz tempo que acabou o Brasil dos coronéis. O país mudou, hoje é outro, com outra mentalidade; o Brasil de hoje senta-se à mesa de negociações ao lado das grandes potências e discute em pé de igualdade porque está no mesmo mundo. Esses velhos caciques, porem, não se aperceberam disso! Mas, a imprensa democrática está aí viva, independente, palpitante, ativa, para lhes apontar e cobrar os erros. Ninguém pode tirar do Senador o direito constitucional de defesa. É inocente até prova em contrário. Como, porém, se poderá provar o contrário se não se investiga o caso e se o governo tenta blindar o aliado, por interesses exclusivamente políticos? O afastamento do Presidente Sarney traz o PSDB para a presidência do Senado e, sem dúvida, vai desengavetar e colocar em votação projetos engavetados por interesse do governo, como a extensão do reajuste dado ao salário mínimo em 2006 a todos os aposentados, o que vai acabar de quebrar a previdência social, trazendo enorme ônus para o Tesouro Nacional. Além desso, tem mais outros e isto pode acarretar a ingovernabilidade. Difícil ao velho caudilho é provar inocência total em casos investigados e descobertos, dos quais as irregularidades e fraudes saltam às vistas, como o tal curso de história da arte “ministrado” na Fundação José Sarney pela empresa Souza Premiere de comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, bancado em parte pela Petrobrás. Uma loja de roupas ministrando curso de história da arte é coisa desconhecida. Se isto, realmente aconteceu, é caso único no país. Segundo noticia no “Estado de São Paulo”, essa empresa recebeu o dinheiro, uma bacatela de 1.3 milhões, mas, ninguém conhece nenhum aluno que tenha freqüentado esse curso, como, também, ninguém tomou conhecimento nem sabe qual foi o seu programa. No caso do emprego do namorado da Neta, como noticiaram o “Estadão” e O Globo, todos agiram com a maior naturalidade, como se fosse rotina: a neta solicita o emprego “em uma vaga da família,” como direito adquirido num Senado loteado. E o Presidente Sarney ainda reclama por não lhe terem “telefonado antes.” Gente! O que foi apurado nas investigações e publicado é imoral. Esqueceram que a ética, a legalidade e a moralidade no trato da coisa pública estão acima de qualquer interesse seja administrativo ou eleitoral de quem quer que seja. É lastimável que o presidente da Republica a par de tudo isso, provoque o seu partido a dar cobertura ao Sarney, numa autêntica operação “abafa”. Claro que o senado não pode e não deve parar de funcionar por causa desse escândalo. Mas, daí a querer abafar o caso é um desrespeito ao cidadão e incentivo à corrupção. O Brasil de hoje não suporta essas coisas e o Ministério Público e a Polícia Federal, apoiados pelo povo, estão atentos ao cumprimento do seu dever (José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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