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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 19 de abril de 2024
 

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Mensagem: 0S COLOMBOS Na virada do século 19 para o século 20, exatamente em 1896 e fugindo da seca e de desmandos políticos na região do Gurutuba, Moisés, patriarca dos Colombos chegava próximo à cidade de Claro dos Poções. Exatamente no talhado da serra São Domingos pararam para vislumbrar a paisagem e se encantaram com a fartura de frutos e frutas silvestres. Pequi, cagaita, cocos, panã, araçá, marmelada de cachorro e outras. Moisés sentindo ser aquele local a Ágarta que procurava, arriou armas e bagagens no chão orvalhado. Como seu xará, o patriarca dos Hebreus, ajoelhou na boca da gruta agradecendo às potestades por aquele Édem tropical. Na foto tirada em 1990, à boca da gruta do Andorinhão aonde os Colombos chegaram. À direita da foto o proprietário da fazenda Belgrado, o pecuarista Manoel do Bandeira 2, de chapelão. Ao seu lado, o fazendeiro e político Baltazar Silva que em 1954 fundou ali o povoado Boa Sorte. Os Colombos, como ficaram sendo chamados têm o biótipo banto dos seus ancestrais africanos. Altos, corpulentos, lábios grossos e avermelhados, rosto cavado como o dos símios e nádegas pendentes em relação ao tronco ereto. Dentre os “chegantes”, lá estavam Jacó e esposa, com uma escadinha de filhos. Um gigante pesadão de braços compridos cujas mãos passavam dos joelhos. Parecia um gigante zulu. Lento no andar e no pensar passou a vida deitado em uma rede trançada na “embira”. O sustento seus e da família vinha dos frutos silvestres e da “adjutória” dos vizinhos, de sempre bom coração e do fabrico de pólvora, já que no interior há fartura de salitre. A pólvora era acondicionada em “ amarrados” de pano grosso ou em cornichas feitas das pontas dos chifres bovino e comercializados a caçadores da região. Viveu em harmonia com os entes das grutas e os elementais da chapada. Sendo longevos por constituição e aliados das condições calmas do local, a boa vizinhança, a fartura de comida, os Colombos fizeram história e passaram dos cem anos de idade. A sede da fazenda Belgrado construída em 1900 era usada para reuniões de partido por políticos de Montes Claros. Alí, longe da cidade eram tramadas as sutilezas e mazelas! Moisés, o patriarca, uma alma dada ao hilário e as artes cênicas, tinha como palco os pátios das casas dos demais habitantes daquele mágico local. Era costume acenderem fogueiras à noite para afugentar o frio e o orvalho da chapada e o exercício de dois dedos de prosa. Para executar a sua arte, Moisés aproximava-se de uma fogueira, colocava pequenos seixos do rio, morangas, abóboras e batatas dentro das brasas. A certa altura, com os objetos já pelando de quente, ele os retirava rápido com um toco de madeira, aparava com as mãos e começava a brincadeira. Jogava os objetos para os demais que estavam sentados a beira da fogueira agarrar. O companheiro escolhido pulava para trás, espalmava a batata quente rumo ao mais próximo e assim sucessivamente, até o petardo cair no chão. A brincadeira acabava, com todos os presentes se fartando de abóboras, morangas e batatas, tomando um café com leite e bastante nato previamente fervido na “chaula” posta dentro do braseiro.

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