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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 21 de setembro de 2024
 

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Mensagem: MPF denuncia 9 ex-prefeitos - José Antônio Orlando - O Ministério Público Federal (MPF), em Montes Claros, denunciou ontem nove ex-prefeitos de oito municípios mineiros por crimes no esquema chamado de Máfia das Sanguessugas. Também foram denunciados o ex-deputado federal Cabo Júlio, hoje vereador pelo PMDB em Belo Horizonte; o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin e seu sogro, Luiz Aires Cirineu Neto, além de João Pereira Teixeira, chefe de gabinete do então deputado federal Cleuber Carneiro. Foram denunciados os ex-prefeitos Aier Nonato Ferreira (Bonito de Minas), Getúlio Andrade Braga e Antônio Antunes Pinto (Brasília de Minas), Manoel Nonato (Cônego Marinho), Lúcio Balieiro Gomes (Espinosa), Orivaldo Alves de Oliveira (Ibiracatu), Manoel Carlos Fernandes (Pedras de Maria da Cruz), Carlúcio Mendes (Mirabela) e José Francisco da Silva (Varzelândia). Todos são acusados de fraudar licitações para aquisição de ambulâncias e equipamentos hospitalares. Três advogados e 24 servidores públicos municipais também foram denunciados. O HOJE EM DIA tentou falar com os acusados, mas eles não retornaram as ligações. Em todos os casos, teria havido superfaturamento, com diferença do preço de compra em relação ao valor de mercado que variou de 21,66% a 64,30%. Também foram cometidos crimes de adulteração da qualidade do bem, quando veículos usados eram entregues como novos ou não tinham os equipamentos previstos em edital, além de corrupção, falsidade ideológica e uso indevido de verbas federais da saúde. De acordo com o MPF, os recursos públicos eram provenientes de emendas ao orçamento patrocinadas pelos ex-deputados federais Cleuber Carneiro e Cabo Júlio. Cleuber Carneiro, que já responde a ação penal na Justiça Federal do Mato Grosso por participação no esquema, destinou emendas para todos os municípios envolvidos – à exceção de Ibiracatu, que recebeu recursos de emenda do ex-deputado Cabo Júlio. Ouvido ontem pela reportagem, o vereador Cabo Júlio - que já havia recorrido da sentença por envolvimento na Máfia das Sanguessugas, depois de condenado pela Justiça Federal a multa e suspensão por 10 anos de seus direitos políticos - afirma que está sofrendo perseguição política por parte do Ministério Público. Para o vereador, o MPF está propondo mais investigações sobre o mesmo assunto. “Houve um absurdo jurídico que foi a presunção de culpabilidade, quando a Constituição prevê o contrário, que é a presunção de inocência. Mais de 60 deputados e 500 pessoas foram investigados e apenas algumas estão sofrendo a condenação. A própria sentença diz que não há materialização de provas contra mim”, argumenta o vereador. “O Ministério Público investigou todas as cidades beneficiadas por emendas que apresentei, como se em todas houvesse irregularidades, o que não é verdade”, completa. A condenação do ex-deputado por improbidade administrativa está suspensa até que os recursos que ele apresentou sejam julgados. Na ação ajuizada em outubro de 2006, o Ministério Público afirma que o ex-deputado teria apresentado 20 emendas orçamentárias contemplando municípios mineiros que deveriam direcionar as licitações para favorecer determinadas empresas. Cabo Júlio ainda é réu em duas outras ações ajuizadas pelo MPF.

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