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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 20 de setembro de 2024
 

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Mensagem: SUSIN DA LAMBRETA Ou mesmo Susin da Xispa, como é habitualmente chamado. Adquiriu a sua motocicleta Xispa em 1968, já de segunda mão e conserva até hoje sob cuidados. Atleticano doente, baixo, caucasiano, “pé pro mato”, ou seja, o direito ao andar marcando sempre doze e quinze, na posição contra-pedal. Quando está no tráfego da nossa urbe cavalgando a sua relíquia sobre duas rodas, ao cruzar com algum carro em sentido contrário, tem que “tirar a diferença”, evitando acidente. A Lambreta (Xispa) que só ele e Jaime sabem consertar (nem Borrola da Melo Viana conserta), quebrou o galho na sua locomoção na selva de concreto. Nasceu e foi batizado Wilson, emérito morador da Ponte Preta, onde ganha a vida consertando fogão e tanque de lavar roupa. Quando moço, era assíduo freqüentador das sessões de faroeste do Cine Ypiranga, época em que Pedro Piteira, porteiro arrochado, barrava a sua entrada alegando que o seu pé 46, “pro mato”, derrubava a garotada que saía da sessão de cinema correndo feito égua de Joaquim Surubim. Assistia às fitas com o Bobão de Rex Alen, o cavalo de Roy Rogers, a destreza de Roky Lane, o branco cádmio do cavalo Silver do Zorro e a eterna perseguição do sargento Garcia, sempre levando a pior. Às vezes assistia a saga de Zapata, Sancho Pancho, ouvia a voz de Miguel Aserves Mejia, ou mesmo se encantava com os olhos lindos de Sarita Montiel. Certa feita, ganhou um blusão que estava com o zíper estragado, de presente do amigo eletricista Dirceu de Sansão. Como a peça era um filé de beleza, vestia a roupa com a frente para trás, evitando tomar vento no tórax. Em uma noite de luxúria, vestindo a dita jaqueta tupiniquim e, estando com o pandú cheio de gole e a caminho de uma noitada na boate “Redondo do Zarur”, foi abalroado por um casal que transitava de carro na BR. Esparramado no chão com a frente do bendito blusão virado para trás, o seu pezão 46 de rosca, supostamente pendendo para o lado contrário, dava a impressão de ter torcido o pescoço e quebrado o pé. A senhora que estava no veículo atropelador ao vê-lo naquela posição em que “Bonaparte perdeu a guerra”, nervosa com o acidente, tentou socorrê-lo e pegou o pé torto e o estava virando para dentro, buscando corrigir a lesão, à medida que falava,dando uma de ortopedista curraleira: “Coitadinho, quebrou o pé e entortou o pescoço!” No momento do acidente, gemendo de dar dó, nosso herói respondeu em cima da bucha: “Solta meu pé que ele é torto assim mesmo. É de nascença!” E aos meus fieis leitores do “site” “montesclaros.com”, declaro que os fatos aqui citados, com os acidentes e incidentes, me foram relatadas pelo sindicalista Nivaldo Feijão e o aposentado Romeu, eméritos componentes da turma conhecida no morro como “G Quatro”.

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