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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 16 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Notre-Dame para sempre Manoel Hygino Não soube exatamente como se comportou o mundo islâmico diante do incêndio na Catedral de Notre-Dame. Conhecido e admirado o grande templo, um dos mais notáveis cartões de visitas de Paris, que embevece e fascina, é venerado em praticamente todos os países, ou pela fé religiosa ou por sua grandeza arquitetônica e artística. Notre-Dame levou a todas as nações e povos o nome de Nossa Senhora, a Nossa Senhora de Paris. A mídia divulgou, imediatamente, a tristíssima notícia do infausto evento, no dia 15 de abril, em plena Semana Santa. Não só os cristãos foram abalados pela mais contundente aflição. Imagens das televisões percorreram telas e, mesmo os fiéis a outros credos, prantearam com magna angústia o mal irremediável. O fogo nas torres do templo, símbolo da França e o mais famoso do mundo, ainda ardiam, enquanto grupos de pessoas de muitas nacionalidades perambulavam pelas proximidades, transidos em sofrimento, para assistir ao indesejado espetáculo. A imprensa internacional relatava os esforços dos bombeiros para debelar as chamas, que feriam dramaticamente a noite parisiense. Com rapidez, outras partes da catedral, localizada numa pequena ilha no centro da cidade, rodeada pelo rio Sena, foram atingidas. Como por divina profecia, na anterior sexta-feira, dezesseis estátuas no alto da catedral foram retiradas para restauração. A magnífica construção, do século 12, recebe milhões de turistas todo ano e foi poupada por conflitos na Europa, até pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Soube-se que o presidente Emmanuel Macron, da França, adiou um discurso que faria ao tomar conhecimento do incêndio. De Paris, dos velhos tempos, o cinema guarda inesquecíveis filmes, entre os quais evidentemente “O corcunda de Notre-Dame”, que oferece uma sucessão de cenas que não se esquecem. Charles Laughton se consagrou na figura do furtivo morador da igreja, estigmatizado pela anomalia anatômica. “Pela primeira vez em minha vida, eu tive verdadeiramente a impressão de me encontrar em uma igreja”. Estes os termos com que se expressou Sigmund Freud, após “descobrir” a catedral. A ilha, a maior do Sena, representa sob todos os aspectos o coração histórico e místico de Paris, desde a Idade Média. A Igreja, com cerca de 850 anos é um símbolo, e ninguém que for à capital francesa deixará de visitá-la. É bem difícil descrever, sem se trair, as mais extraordinárias obras que legou a História, entre as quais Notre-Dame. Elas constituem uma obra-prima que emociona e causa orgulho a um povo, o povo de Paris. Preciosidades, ali acolhidas se salvaram, na última semana, entre as quais a coroa de espinhos que Jesus foi obrigado a carregar antes da crucificação, assim como a túnica de São Luís, de especial devoção dos franceses. Também foram preservados um pedaço de prego e da madeira utilizada no sacrifício do Gólgota, em Jerusalém, há mais de dois mil anos. Não houve vítimas no acidente do dia 11 e a restauração do edifício demandará cinco anos, segundo o presidente Macron. Empresas de várias nações se dispuseram a contribuir, enquanto os contingentes mais pobres da população fazem arrecadação para levantamento de fundos.

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