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Mensagem: PONTE DE MARIA da CRUZ / JANUÁRIA AS JUNTAS DE EXPANSÃO DE UMA PONTE DE CONCRETO OU FERRO. (*) Nos últimos dias uma das pautas nos noticiários é sobre a segurança das pontes de concreto armado das rodovias que cortam nossa região. São pontes que evidenciam as fragilidades adquiridas ao longo dos anos. Muitas vezes ou sempre, sem os monitoramentos devidos das suas estruturas como todo. Em 2012 e 2025 – como já divulguei sobre as vibrações e ondulações na Ponte do Rio das Velhas (Br 365) Barra do Guaicuí. O DENIT acabou colocando restrição para caminhões e carretas com peso superior a 25 toneladas; contudo, infelizmente este controle só ao dia – a noite a “boiada passa!” Como todos sabem NÃO tenho a formação de engenheiro estrutural de pontes e viadutos, mas, não sou totalmente leigo no assunto, até por que, sou técnico e laboratorista de solos e concreto; ex-funcionário da Construtora Cowan nas pavimentações e construção de pontes em BRs e MGs, dentre elas a MGC-122 (Janaúba-1981) e às MG 108 e 111(Manhumirim /Reduto /Martins Soares 1973/74). Quero comentar superficialmente acerca da Ponte de Maria da Cruz /Januária, sobre o Rio São Francisco (foto). Até onde permite o meu conhecimento, são as variações das temperaturas que “provocam a dilatação ou contração”. Na medida que a temperatura aumenta o corpo de concreto dilata, e, se esfria contrai. É a lei da física! E ainda a energia cinética dos veículos x massa Vieram uns engenheiros do DER ao Norte de Minas para inspecionar a ponte sobre o Velho Chico em Mª da Cruz – disseram que a Junta de Expansão que vem alarmando aos motoristas e transeuntes está em conformidade com o projeto. – Na concepção deles, certíssimos! Todas as pontes de concreto armado contam com juntas de expansão entre seus vãos, a finalidade é para tolerar às dilatações e retrações, de forma garantir as movimentações sem provocar trincas que possam comprometer a estabilidade das mesmas. Qualquer ponte ou viaduto que tenha mais de 30 metros de extensão, tem que ter juntas de dilatações que podem ser compensadas com Borrachas tipo: Etileno; sintética ou neoperene. São estas borrachas que suportam a movimentação de dilatações e as retrações. - Está na literatura e na concepção dos técnicos de campo! Nas pontes de metais (ferro), são usadas as juntas elásticas e sapatas deslizantes nas bases de apoio, devido ao cisalhamento (movimento horizontal) que é mais rápido. Durante a noite os estalos da retração são ouvidos longe. - As pontes de concreto também têm. Depois de tudo que abordei, cheguei onde queria! Estamos passando pelas temperaturas extremas - o calor [aquecimento] faz que as massas dilatem – neste caso a fenda da ponte de Mª da Cruz teria de fechar (compressão), diminuir o espaço, porém, está acontecendo ao contrário, está havendo a “contração”. Da forma que está acontecendo – quando chegar o inverno e o concreto esfriar, a fenda irá aumentar mais ainda - o chamado “movimento combinado”; ou seja nesse período quente era para o espaço da junta diminuir (fechar), já que o concreto está se expandindo, no entanto está abrindo mais. Cabe mais perícia civil! No caso, monitorar as estacas no pé dos blocos dos pilares para ter a certeza que [pilares] não estão se movimentando verticalmente na rocha. A ponte em questão é nova, mas, o peso elevado e a força centrífuga da correnteza do Rio São Francisco – principalmente nas cheias extremas podem estressar a sua estrutura. Pontes velha colapsam, porém, as novas também! No dia 14/02/25 uma ponte sobre o Rio Chancay na Rodovia que dá acesso a Lima, capital do Peru; desabou deixando 02 mortos e 30 feridos, dos 57 passageiros que estavam em um ônibus, (foto). Segundo as notícias nos jornais daquele país; foi falha estrutural, devido às corrosões que afetaram sua estrutura. Não há informações de que ao longo destes 60 anos [idade da ponte] engenheiros do Departamento da Rodovia Pan-Americana tinham a rotina de inspecioná-la e a ponte vizinha Na foto, percebe que a junta de expansão da ponte vizinha está bem afastada entre os blocos. Qualquer dilatação em ponte que não condiz com as condições climáticas tem que ser mais avaliada, de modo a deixar aos usuários mais acautelados. IXX – II – MMXXV (*) José Ponciano Neto é Técnico Laboratorista de Solos e Concreto – Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Membro da A.M.A.L.E.N.M. e do I.H.G.M.C.
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