Chile elegeu, ontem, Conselho para redigir uma nova Constituição, que irá a plebiscito em dezembro. Veja o resultado
Segunda 08/05/23 - 6h50
Os partidos de centro levaram o restante da votação. Kast declarou em seu discurso em Santiago que o Chile derrotou um governo falido e que hoje é o primeiro dia de um futuro melhor.
Os resultados finais determinarão a composição exata de um Conselho Constitucional de 50 assentos que será responsável pela redação de uma nova constituição.
Os conselheiros constitucionais eleitos no domingo começarão a redigir uma nova constituição em junho com base em um projeto compilado por 24 especialistas constitucionais nomeados pelo Congresso em março.
Os eleitores aprovarão ou rejeitarão a nova proposta em dezembro.
A primeira reescrita da constituição foi redigida por constituintes independentes e de esquerda e se concentrou em benefícios sociais, direitos ambientais, paridade de gênero e direitos indígenas.
Apesar de ter sido considerada uma das constituições inovadora do mundo, muitos eleitores a consideraram muito polarizadora e o processo cheio de controvérsias.
Boric, depois que assumiu o cargo, seus índices de aprovação despencaram com a economia em dificuldades e o aumento da criminalidade se tornando as principais preocupações dos eleitores.
Em resumo:
Partidos políticos de direita no Chile conquistaram a maioria dos votos nas eleições para conselheiros encarregados de redigir uma nova constituição, marcando grande mudança em relação à maioria anterior que elaborou a primeira reescrita constitucional.
O Partido Republicano do Chile, liderado pelo ex-candidato conservador à presidência Jose Antonio Kast, garantiu quase 35% dos votos, enquanto uma coalizão separada de partidos tradicionais de direita obteve pouco mais de 20% dos votos.
A coalizão de esquerda liderada pelo presidente Gabriel Boric obteve cerca de 29% dos votos, enquanto os partidos de centro receberam o restante da votação.
Em junho, os conselheiros constitucionais eleitos começarão a redigir a nova constituição com base em um projeto compilado por 24 especialistas constitucionais nomeados pelo Congresso em março.