Chuvas em julho e no final de agosto, em M. Claros, anteciparam o canto esfuziante das cigarras, uma sinfonia que o sertão conhece bem e marca sempre o mês de outubro
Domingo 01/10/23 - 8h34Neste ano, as cigarras começaram o canto de acasalamento mais cedo do que o habitual.
Em Brasília, como em M. Claros, região de cerrado, a sinfonia das cigarras já e é observada.
As cigarras usam o canto no processo de acasalamento.
Os machos, e só eles, são os responsáveis pelo canto, que pode atingir 100 decibéis.
O canto, adiantado em 2023, pode estar relacionado às chuvas que chegaram mais cedo.
As cigarras passam a maior parte da vida debaixo da terra, alimentando-se de raízes das árvores, sempre em ambientes úmidos.
As chuvas antecipadas - em M. Claros choveu em 24 de julho e no final de agosto - podem ter apressado a subida para fora da terra, iniciando a cantoria mais cedo.
Elas tem um órgão na barriga que age como caixa de som, responsável pelo canto, sendo que somente os machos têm a capacidade de cantar.
Cantam tão alto como uma banda de rock.
Após o acasalamento e a postura de ovos, as cigarras têm vida curta.
Suas ninfas, ou "bebês" cigarras, passam a maior parte da vida no subsolo.
Cada espécie de cigarra emite som característico.
Elas se reproduzem uma única vez na vida.
Não cantam até a morte, até explodir, como se pensa, mas trocam de casca para novo ciclo de vida.