"Ontem quase tivemos uma crise institucional, quase. Faltou pouco" - afirma Bolsonaro ao deixar o Palácio e viajar para troca no Comando Militar do Sul. Lula critica decisão de Alexandre e Celso manda ouvir Moro em 5 dias
Quinta 30/04/20 - 9h12O presidente Bolsonaro classificou, hoje, de "política" e "canetada" a decisão do ministro Alexandre de Moraes que ontem impediu a posse do novo diretor-geral da Polícia Federal.
LIMITE
Bolsonaro disse enfaticamente: "Eu respeito a Constituição e tudo tem um limite."
CRISE
Disse que "não engoliu" a decisão, e que o ministro do STF quase gerou uma "crise institucional".
PLENÁRIO
Bolsonaro cobrou rapidez do ministro Moraes para analisar eventuais recursos e para liberar o julgamento da ação ao Plenário da Corte.
COMO
- Não justifica a questão da impessoalidade [um dos argumentos usados pelo ministro na sua decisão]. Como o senhor Alexandre de Moraes foi parar o Supremo? Amizade com o senhor Michel Temer, ou não foi?", disse o presidente, em referência à indicação de Moraes ao STF.
QUASE
- Agora tirar numa canetada e desautorizar o presidente da República, com uma canetada, dizendo em [princípio da] impessoalidade? Ontem quase tivemos uma crise institucional, quase. Faltou pouco.
TRATAR
- Eu não engoli ainda essa decisão do senhor Alexandre de Moraes. Não engoli. Não é essa a forma de tratar o chefe do Executivo".
LULA
O ex-presidente Lula criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na opinião de Lula, a atitude do ministro do Supremo só se justificaria caso ficasse provado que o delegado Ramagem cometeu algum ilícitio que o impedisse de ocupar o cargo. Reafirmou que as indicações cabem ao presidente da República.
OUVIR
O ministro Celso de Mello, do STF, determinou nesta quinta que a Polícia Federal tome o depoimento do ex-ministro Moro em até 5 dias para apurar acusações feitas contra o presidente Bolsonaro.