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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: PORCOS E PRATOS VERDES



Um prato que sempre gostei - aliás todo mineiro que se preze e não tenha problemas com colesterol e estas coisitas à toa que levam o cidadão, devagarzinho, ao
cemitério, gosta – é um leitãozinho à pururuca.
Prato obrigatório no Natal , mas que nós, mineiros adoramos comer e repetir o ano inteiro.
Mas, vocês me desculpem a franqueza, porco verde eu não como não, e nunca comerei, já vou adiantando para o pessoal de Taiwan.
Até que comprar um relógio baratinho à prova d’água - que não agüenta nem cheiro de neblina - posso, até. Mas é só.
Embora confesse, deixando na trilha da imaginação a veia culinária me levar, me passasse levemente pela cabeça que uma leitoa verde com arroz branco e pequi poderia até ser um belo de um prato patriótico, digno de reis e presidentes estrangeiros em Brasília.
E o azul ? Perguntarão logo os mais afoitos, e eu lhes direi : o pequi é lá de Campo Azul !
E está morta Inês.
Eu vi no Mural um alerta sobre essa modificação genética, que parece estar em moda por este mundo afora onde o povo não tem mais o que inventar.
Mutatis, mutandis, lembro de já ter me ocorrido vontades e necessidades de promover eventuais mutações genéticas, como a querer consertar certas coisas para a felicidade do bem comum.
Na política também, onde existe o vermelho vergonha de trair o voto recebido e o amarelo burro fugido de não cumprir as promessas feitas antes da eleição.
Mas isso é outra coisa...
Das que eu, pseudocientista de fundo de quintal, já pensara em mudar a original coloração, tentando fazer parte desta modernidade pré-apocalíptica, uma, com toda a certeza, seria passar o abacate para outra cor que não fosse o verde. Inclusive a própria casca.
Mas não passou da simples idéia.
E explico : meus filhos, quando pequenos, nunca o comiam porque não gostavam de nada verde, aí incluído todo e qualquer tipo de verdura ou legumes levemente esverdeados.
Era quando eu, preocupado e antiquado pai, lhes apresentava, então, com ares de vitória, cenouras e beterrabas e, do mesmo jeito, sem nenhuma alegação plausível, eles também os rejeitavam, apesar do colorido diferente.
Acho que foi aí que minha carreira de futuro cientista louco transformador genético se encerrou.
Quanto ao abacate, anos mais tarde vim prová-lo com sal e temperos, o famoso “guacamole” item obrigatório do cardápio da comida típica mexicana e não detestei de todo, desde que acompanhado de alguma carne, permanecendo a verde coloração com sucesso.
Desde que você o prepare e sirva logo, senão escurece.
O petisco mexicano, não o céu.

Abraços a todos.

Flavio Pinto

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