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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: DAS BRUACAS DE FIGUEIRA AO CÉU TUPINIQUIM- 1ª. parte Nesta crônica, falaremos ó Montes Claros, dos teus heróis e grandes almas de antanho! Foram eles que promoveram o teu progresso comercial cultural e industrial. A mística de tua alma campesina! De Gonçalves Figueira teu desbravador e pai, com seu exército de homens, animais, facões, trabucos. Bruacas de couro, alforjes com rapadura e farinha, cabaças de água e embornal de milho na cabeceira da sela; que, atraídos pelas esmeraldas, encontraram o brilho dos teus montes claros. Vencendo as cascavéis e caninanas nos talhes das pedras e à beira das lagoas, sofrendo maleita. E sob o sol tropical se formou um povo. Depois vieram os teus escravos, filhos da Serra Leoa, heróis do Navio Negreiro sob as bênçãos da Mãe Aparecida. Salve Apará! Cosi Obá Can! Afí Olorum! Das feijoadas saborosas, feitas de restolho da carne suína e do pequi amarelo. Os vaqueiros com seus aboios, as lavadeiras, com suas cantigas. Depois, a construção da tua estrada de ferro, e com ela as damas da noite, os botequeiros, as cafetinas, os jogadores de baralho e as apetitosas cachaças oriundas do Velho Chico. Puras por origem! A malandragem! De Jayme Rebello e sua tropa de burros brancos, ordenadamente, e do seu banco pessoal, e do comércio entre nós e a Capital Federal. Depois, a Santa Casa e as religiosas missionárias, santas filhas de Maria, embrião da nossa moderna comunidade médica e da nossa rede hospitalar. Do bairrismo de Hermes de Paula e da batuta do alcaide Geraldo Athaide e a nova roupagem da cidade no seu centenário. Aí vieram os capitães de indústria, os Paculdinos, e Oldemar Santos. Da mão precisa e cirúrgica de Alpheu de Quadros, de Walmor de Paula, com seu exame detalhado, sempre sisudo e excessivamente inspirado. De Hildebrando Mendes e sua telefonia automática precoce. De Tonin Rabelo e o desenvolvimento urbano, dos comerciantes atacadistas de cereais secos e molhados, verdadeiros precursores do teu progresso. A poesia do anjo barroco Cândido Canela, dos também anjos, porém tortos, de Aline Mendonça e a sua voz de trovão de Ray Colares e a mística do prisma geométrico. No firmamento, o brilho das estrelas Nice David, a eterna rainha do carnaval, e de Dona Afra Bichara, a eterna foliona dos carnavais de rua. A “verve” do saudoso Zé Amorim, do Evoé, de Lazinho, da elegância do professor Pedro Santana, e da coragem de Saluzinho, o herói campesino sem medo e sem mácula. Do bandolim de Ducho, ao machado de Manoel Quatrocentos, os ‘Ói” de Betão, do tambor de Roque Barreto, até a alma contemplativa e pura de Virgilio de Paula, dos santos de Firmino, do menestrel Telé Prates, do sapato branco do Dom Juan Dilo Barbeiro e sua lábia tropical. Do suspensório de Benjamim Rego, das ferradas de Juca de Chichico. Dos remédios manipulados por Mário Veloso. Da garrucha rabo-de-égua de Exupério Ferrador. Dos comícios de Zé Amaro e o repente inflamado e barroco de Mauricim, a pura alma sertaneja. Da sugesta de Dincanga cantando Conceição. Lá também a sela preta do cavalo preto de Virgírio Preto e sua mão branca. A aura santa da santa Irmã Beata, o cinto que segurou a pança de Deba de Freitas, a nobreza de Maria Salomé, os acordes do piano de Dulce Sarmento. O bigode de Dêca Rocha a cachaça de “Bem pau veio” e o carteado de Sinval.

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