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Mensagem: Obrigada, Flávio. Passou na minha frente...poupando-me de um trabalhão danado. Eu estava já com o livro no colo, para transcrever os dois textos, mas vim aqui antes, e vi que você já os transcreveu. Obrigada. Vi também que tia Ruth (ela é minha prima, mas sempre a chamei de tia), no seu delicioso (como tudo que ela escreve) texto sobre a banda Euterpe, falou sobre essa banda desfilando no dia 3 de Julho. Obrigada, também. Assim, pelo menos aqui, ficou esclarecido que tivemos dois centenários, apenas porque cada um festejava uma data diferente, ambas importantes. E não porque um deles teria sido uma data ´inventada´ para ganhar prestígio político, como já li algumas vezes nos jornais locais. Um amigo uma vez me disse assim: ´ Mas até mesmo o seu pai disse que os habitantes não festejaram, visto que já éramos emancipados...Então, para que festejar o centenário?´ Eu não sei como surgiu a idéia. Tenho a impressão que foi no Rotary Club. Ao que parece, o Rotary estava estimulando as cidades a festejaram suas datas importantes, algo assim. Então meu pai lembrou que, em breve, Montes Claros estaria fazendo cem anos que tinha se tornado cidade. O prefeito, na época, era João F. Pimenta, e não Geraldo Athayde, como muitos pensam. Geraldo tomou posse do cargo depois, e foi quem realmente trabalhou muito para o acontecimento, mas os preparativos começaram bem antes. Foi João F. Pimenta quem plantou as tipuanas na avenida Coronel Prates. Ouvi dizer, que havia também uma esperança de que, a festa, colocaria Montes Claros em evidência, chamando assim a atenção dos governantes que nunca olhavam para a nossa região. Não tenho certeza disso. Se verdade, então esse foi o único interesse político ligado ao centenário. Algo em benefício da própria cidade, e não interesse pessoal, como dizem por aí. Sobre não ter sido festejada a elevação em 1857, a verdade é que não se sabe ao certo como foi a reação das pessoas. O fato de não haver registro de uma celebração, não significa que nada aconteceu. Se a banda Euterpe desfilou, e isto é comprovado, deve ter ido gente para as ruas para ver a banda passar...Houve algum barulho, com certeza. Como está no livro, essa elevação era algo muito desejado por todos. Além disso, um casal, cujo casamento foi celebrado apenas com bombons na porta da igreja, não está impedido de fazer um linda festa de Bodas de Ouro. E foi um lindo centenário em 1957. O entusiasmo de meu pai, contagiou a todos. As pessoas, por conta própria, começaram a cuidar de seus jardins, a pintar suas casas...Como bem cantou Luis de Paula, ´Olha só a alegria do povo!´ Espero que pessoas que se lembram, escrevam aqui sobre suas memórias.

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