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Mensagem: A VIOLÊNCIA E A MEDIOCRIDADE<br> Oswaldo Antunes<br> <br>Por falta de consenso foi adiada a diminuição da idade para responsabilidade penal. Constatou-se que a criminalidade tem outros e vários motivos, e que é também simplista o argumento de que a educação, por si só, diminuiria a violência. Até porque a educação que está faltando não pode ser a que se limita à alfabetização, sem cuidar da ética, da valorização pessoal e profissional o individuo, o que traria desenvolvimento. A educação que está aí, porque não atrai e não orienta, causa reprovações, repetências e desajustes perniciosos; pode produzir eleitores, mas não faz cidadãos. Veja-se que a maioria dos delitos contra a pessoa ou o patrimônio é praticada por pessoas que passaram por esse tipo de educação. E diplomas formais não impedem os crimes de colarinho branco, nem os de difamação escrita, transmitida radiofonicamente ou televisionada. Se ensino fosse impedimento, apenas os absolutamente analfabetos praticariam usurpação, receptação, desrespeito ao trabalho, estelionato, sem falar nos delitos de quem devia ser responsável pela educação, os administradores letrados e os parlamentares verbosos.<br>Em noticias e comentários objetivos, O TEMPO tem mostrado que é preciso sanar um dos principais fatores de criminalidade, a falta de oportunidade profissional e a humanização do individuo. Essa humanização deve iniciar-se com a administração federal assumindo, como função do Estado, a obrigatoriedade e universalidade também do ensino médio, principalmente o profissional, sem o que não há interesse na conclusão do primário. <br>A idéia de criminalidade só por falta da educação formal é tentativa, como tantas outras, de deixar tudo como está. Os que dominam sugerem liminarmente aos dominados que eles próprios são responsáveis. E acontece no momento em que a informática está disponível para o bem ou para o mal. Se o Presidente da Republica deseja a educação a distancia, via computador em cada uma das 4.600 escolas brasileiras, deprime saber que em alguns municípios ainda não há sequer telefone e eletricidade. <br>Realmente, convem pensar melhor em como dar à juventude o sentimento profundo e prático de dignidade, através de uma educação que moralize e dê emprego. Seria apropriado “educar” a própria Justiça para que seja menos preciosa e lenta para ser justa, tanto social como legalmente. E combater a burocracia que empurra o destino humano para a mediocridade e cria revolta.
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