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Mensagem: LINHA NOVENTAViajando para Salinas, onde iria conduzir a defesa de um rurícola acusado de bárbaro assassinato, o advogado Geraldo Kleber, alegando que o Zé Amorim estava muito folgado, o levou como companheiro para supostamente contar causos na estrada e comer algumas talhadas de requeijão no mercado municipal daquela cidade.No trajeto Kleber parou o veículo três vezes, não controlando as gargalhadas provocadas pelas tiradas espirituosas do Zé.Mal sabia o inocente carona a armadilha em que iria se meter! Usando de astúcia o advogado e para acalmar os ânimos dos parentes do frio criminoso, contratantes dos serviços, alegou que aquele senhor que o acompanhava era o “doutor Amorim, um desembargador”, que viera para analisar o caso e emitir o alvará de soltura do réu.Voltaram para as origens tendo a alma do Zé permanecido na sua maior inocência, já que não tivera a oportunidade de assistir ao diálogo esclarecedor.Três meses após o incidente, o engenheiro Ítalo Telles, indo viajar a serviço convidou o Zé para fazerem o mesmo percurso já anteriormente citado; entretanto com propósitos de alegria. Chegando a cidade rumaram para o mercado municipal, pediram uma cerveja gelada e várias talhada do gostoso requeijão local.Rumores externos fizeram com que Ítalo fosse averiguar o que se tratava. Inteirado do assunto, voltou já suando as bicas, e informou ao inocente Zé, que a família do criminoso sabedora da presença do desembargador Amorim na cidade, viera até o logradouro, com o objetivo de exigirem o imediato instrumento de soltura do parente detido.Zé em face da situação de perigo que se fazia saiu, pisando alto e já ostentando o fhysique de role de desembargador e usando a sua voz de barítono tupiniquim falou em alto e bom tom: podem voltar para as suas casas, que amanhã cedo eu vou libertar o homem, hoje estou tomando umas, e outras.Com a retirada da turba excitada, a dupla de inocentes, saltou a coivara e deram no pé. Já na estrada, com a volta forçada para casa estando ambos de orelhas murchas, o Zé falou:- Êta ferro! Tâmo que nem coelho encolhido na moita. Orelha murcha e rabo escondido entre as pernas!Eu não sabia que doutor Kleber tinha poderes para nomear “desembargadores”! O doutor José Amorim aqui, quase engasgou com uma talha de requeijão. Fazendo o gesto de instrumento de corte com os dedos polegar e indicador da mão direita arrematou: Êta Ítalo! Desta vez cortamos linha noventa! Raphael Reys
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