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Mensagem: DIN BOLEROBatizado Waldir Alves, era conhecido na noite como “Din Canga”. Walduck Wanderley, companheiro de serestas e de noitadas e seu fã número um, o chamava de ”Din Bolero”. Morava com sua mãe, na pensão da família na Rua Altino de Freitas, centro da cidade.Mestre do tango na pista sintecada da boate Maracangalha, “habituê” de boleros e ritmos tropicais, crooner com ou sem instrumentos, acompanhando na noite viveu em dolce far niente nos Montes Claros dos anos quarenta a noventa.Era conhecido como O Rei do Rádio no programa de Alceu Queirós da ZYD7, levado ao ar no Cine Ypiranga.Partiu desse mundo grande e bobo levando uma paixão platônica por Cecí, uma maestrina da luxúria, dama da noite. Varou noites cantando “Marta...campolita del mar..”. E não amoleceu o coração da amada . Imitava Caubí Peixoto e sorvia doses generosas de Scotch. Abraçado aos amigos na noite, se emocionava e chorava quando contemplava a beleza de Analhinha a Rainha da Noite. Dois amores platônicos!Tipo caucasiano, barriga proeminente, cabelo acaboclado, rosto de lua cheio de papadas, vermelho pimentão, gestos largos e calculados, voz forte e persuasiva. Jogava nas dez, e batia com pau de dois bicos!Era o mestre da sugesta, do contra-agá. Entrava e saía em qualquer lugar e sempre se dava bem. Chegava liso e voltava com grana no bolso.Na sua caixa de ferramentas, tinha a boa disposição para rodar diuturnamente, a alma servente da luxúria, a boca de glutão, a verve da sofreguidão, a garganta para cantar Maria Helena, as mãos para jogar sinuca e amigos diletantes.Deus Pai o mandou para o nosso meio e o próprio Deus Pai o levou, quando quis! Cada alma que aqui vem, vem em missão e cada qual com o seu cada qual!Tinha como máxima de vida, a frase escrita em letras garrafal na parede do salão da sinuca do Augustão: “A vida só é vida, depois que você se envolve na vida de uma mulher da vida! ’ E estamos conversados! “Nos mundos mágicos de meu Deus em que hora ele certamente habita, com sua alma alegre e vivaz, nos receberá cantando quando lá chegarmos:” Maria Helena és tu A minha inspiração Maria Helena vem ouvir meu coração Na minha melodia eu ouço a tua voz A mesma lua cheia a de brilhar por nós. Maria Helena lembra do tempo que passou. Maria Helena o meu amor não se acabou. Das flores que guardei uma secou Maria Helena és a verbena que murchou. Raphael Reys
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