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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de setembro de 2024
 

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Mensagem: VIRGÍLIO DE PAULA, MAHATMA

Diz-nos o trágico poeta Agatón que: “por uma das habilidades do Amor que se geram e nascem os viventes”. Relatarei, pois, nessa prece escrita, o lado alma, que animou esse vivente: Virgílio Abreu de Paula. Seus anseios e suas virtudes.
Não a realidade visível, mas a imaterial.
Ele era um bonachão, uma grande alma. Sessenta anos de sorriso e de compreensão. De amor à arte, à cultura, ao folclore, e à nossa história.
Sentado à mesa de um bar, da minha adolescência, batendo papo, cantando bossa nova. Ele era uma enciclopédia de arte e conhecimento geral. Dava gosto, os dois dedos de prosa que se estendia noite adentro. Papo de Noel Rosa... Agora vou mudar minha conduta, eu vou pra luta pois eu quero me aprumar... Até a mística de Téo Azevedo, cantando “Ternos Pingos de Saudade” com Cândido Canela.... Passando pela interpretação de Ray Charles adaptando Eleanor Rigby dos Beatles.
Papo de cinema velho e de cinema novo. Às vezes uma viola caipira rasgando a noite e fazendo chorar os nossos corações.
Mesmo um lundu cadenciado, quando as auras se comungavam numa só emoção e já tocados pela inspiração da Viriatinha. Um saudosista!
Virgílio se doava! Sentia gosto em ser cortês, em ser útil. Buscava sempre o refino nas inter-relações com terceiros. O seu coração era para fora! Bastava tocá-lo e ele exteriorizava a sua bondade, o seu afeto, a sua contemplação platônica.
Do seu jeito utópico, introvertido, buscava compartilhar das mazelas dos homens, e da vida. Parece ter vindo a este mundo grande e bobo em missão de observação!
Quando insatisfeito com outros que se lhe faltaram com zelo ou com virtudes, gesticulava a seu modo, buscando explicar e mesmo justificar, evitando magoar com suas respostas. É próprio das grandes almas o exercício da compreensão e a capacidade de perdoar.
Quando conversando, ou sendo interpelado, mesmo em situações desagradáveis, respondia empaticamente, visando uma conciliação de partes, um esclarecimento. “Parecia fazer o dito de Eurípedes:” juram os meus lábios, não minh´alma’. Guardava para si as verdades não ditas.
Montes-clarense nato lutou com suas armas para preservar, assim como o seu pai o fez, a nossa cultura, o nosso folclore, a nossa história. A nossa alma catrumana!
Fez jus à sua missão! Chamado de volta ao seio do Eterno padecendo dores de alma, por não ter aceitado os desdouros e a ineficácia dos homens.
Que os santos anjos do Senhor o tenham, nobre guerreiro!

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