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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de setembro de 2024
 

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Mensagem: MANGA VERDE

Walduck Wanderley levou o Zé Amorim para uma viagem a Belo Horizonte, como habitualmente fazia. Entre os demais companheiros de jornada, Dawidson Rego, o contestador. Este já previamente acordado com os demais combinou para pegar no pé do saudoso filho de Pedro Montes Claros durante a viagem.
Já agulhando o Zé, o criador de Pit Buls relata que a turma comentava que ele (o Zé Amorim) não prevaricava, e que o tema em questão, já despertara polêmica entre todos. O instigador deu um colorido mais intenso à observação visando potencializar o desafio, já que conhecia o temperamento severo e afobado do nosso herói campesino, um autêntico representante da terra de Figueira.
“Esperavam, na verdade, que o saudoso cavalheiro da verve explodisse e saísse com mais uma das suas tiradas inteligentes e espirituosas, as quais eram sempre dadas ‘ em cima do pedido’”. Pois com ele, era tranchã!
Zé, entretanto, manteve aparentemente a calma, embora mordesse os lábios, a jugular já estivesse para arrebentar e a gola da camisa Volta ao Mundo ensopada de suor, em face do agulhão recebido. Os Amorim, por hábito, não despachavam conversa para o bispo; a missa com eles era de corpo presente.
Dawidson Rego manteve o diálogo instigador: não acredito Zé, me perdoa. Na minha concepção todo homem é adúltero! Zé, como bem competia a um Amorim da gema, percebendo a armadilha que lhe armavam escapou com o inteligente monólogo a seguir.
- Êta cabloco! Vocês nunca viram um Amorim num serviço de cama (já chamando a atenção dos demais abelhudos que a tudo escutavam fingindo não fazê-lo) Já vi que vocês não me conhecem na prática!
- Olhem aqui, seus orelhas seca f.d.p.! Quando eu era rapaz; naquelas casinhas de adobe localizadas ao lado dos pés de mangueiras da Avenida Ovídio de Abreu; ficava com uma moreninha baiana que morava lá. (Falava enquanto fazia gestos elucidativos, e teatralmente ao seu bom estilo) Tinha dia que a colcha da cama encharcava tanto de suor, que era torcida a dois, com o caldo escorrendo pelo chão de terra batida. E prosseguiu: a coisa comigo era tão brava que ela gemia e gritava tão alto que chegava a cair manga verde do pé.

Raphael Reys




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