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Mensagem: BARRACA DO CEARÁ<br><br>Na verdade uma birosca. Montada a partir de um carrinho de pipoca, e fundeada no meio fio do passeio que circunda os jardins, outrora exóticos e românticos, da Praça da Matriz. Lado esquerdo de quem desce do Quarteirão do Povo.<br>O proprietário, originalmente nascido na pequena cidade portuária de Camocim, divisa do Ceará com o Piauí do meu coração. Batizado Pedro Francisco de Assis Lopes. Ao lhe dar o nome do ´ povorelo” a mãe, na verdade, tencionava aplicar um 171 no santo...<br>O nosso Pedrim Ceará da barraca não tem nada de santo! É cobra criada pelo mundo de meu Deus. Mestre de adaptabilidade e sobrevivência tropical. Chegado há nove anos no nosso meio, cultivou um enorme ciclo de amizades. Como o mundo é composto e todos são necessários ele se dá com gente boa e com a malandragem. Com cruzeirenses e atleticanos!<br>Aqui firmando comércio, se “amarrou’ com Dona Geny, gente fina e ‘braba’ da Boa Vista, município de São João da Ponte. Só enfrenta quem aquenta! Se o Pedrim “treitar e relar” ou” mijar fora do pinico”, vai entrar no chumbo quente! Quem viver, verá. Ele pensa que se deu bem mais uma vez, mas está amarrado no “terecô”. O seu nome está costurado na boca do batráquio!<br>Na birosca, vende de um tudo, a preços módicos. Bolo, biscoito, cafezinho, cigarro e guloseimas. À vista e fiado. A freguesia composta dos funcionários da agencia central dos Correios, do Centro Cultural, policiais militares da PM em patrulha preventiva, balconistas das lojas de produtos do Paraguai próximas, lavadores de carro da parte alta e baixa do logradouro. Atende a passantes e ocasionais. De tudo um pouco!<br>Mentirosos vindos principalmente do bairro Todos os Santos, e que por lá fizeram o seu ponto. Passantes, indo e voltando do mercado municipal, gente da Malhada, assessores de deputados estaduais, contadores de vantagens, bazofistas, membros do “Clube das Cabeças Enfeitadas”, e o “Gêra do Independência” (cobra mais do que criada), segurança da porta da igreja do palácio do bispo. Aí, não é fácil! Haja munch para levantar o ‘peso.”<br>O Pedrim, que já rodou meio mundo, tornou-se um excelente expert avaliador de “cabeças-jardim”. Basta ele olhar para já dar uma justa nota no sócio. Na relação que confeccionou para a classe, constam os cem tipos e modelos mais usuais: O cururu, o tijolo maranhense, o suicida, o amigo, o docinho, e o mais recente modelo: O “corno mingau”! <br>Este, enquanto o marido na janela esfria o mingau de araruta que a patroa fez para o neném, para não embolar ela, sempre de vestido, se inter-relaciona com o “pé de pano”, atrás do tanque e no fundo do quintal.<br>Sendo a birosca um espaço aberto, é só conferir. A sua visita é aguardada.
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