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Mensagem: Também me lembro do dia em que - cedo demais - partiu Lucy Veloso, irmã de Arinha, agora heroína da fazenda das Quebradas. Menino de 10 anos, relutei em ir à escola, exibir a dor; na volta, duramente sentido, pus as razões numa só pergunta - “que adianta ir à aula se ao voltar já não me aguarda a madrinha?”. Era seu afilhado, de batismo, vizinho também, vivendo o primeiro grande embate - logo com a morte, morte repentina, frontal, sem prenúncio algum. O açoite percorreu a avenida Coronel Prates, engolfou a risonha cidade. (Quatro décadas depois, voltaria o azorrague na garupa do sábado enfarruscado e triste. Para afligir, também de tocaia, de emboscada, a avenida em si, e matá-la, sem aviso nenhum, lentamente, cerimoniosamente, num pensado ritual de tortura e suplício, com as garras de aço sacudindo no ar árvores e lembranças, como a da Grande Dama. Rebrotará a avenida, como ela – a Grande Dama – ressurge em nós?). Na cabeça do menino, ciciando, ficou a frase ouvida ao pé do caixão, nunca esquecida: - ´Ali dentro, junto do corpo, vão as cartas, todas, de Eldan, o filho amado”. Por que cartas, meu Deus, embarcam num ataúde? Haverá quem as recolha no Céu?
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