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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: TOLERÂNCIA ZERO Diante da caótica situação de (in)segurança pública que vivemos, resolvi pesquisar acerca da “tolerância zero” implantada pela Prefeitura de Nova York em meados dos anos 90 pelo então Prefeito Giulliani.Em matéria publicada no site do Le Monde Diplomatiqué, tomei conhecimento de que a polícia nova iorquina teria abatido a hidra criminal aplicando uma política especial – chamada de “tolerância zero” – que se empenhou em perseguir sem trégua as menores infrações cometidas na via pública. Desde 1993, por exemplo, qualquer pessoa que fosse encontrada mendigando ou vagando pela cidade, ouvindo o rádio do carro muito alto, sujando ou “grafitando” a via pública, poderia ser automaticamente detida e diretamente enviada para trás das grades, a mesma coisa aconteceria se você fosse pego urinando na rua. Decidiram também consertar as “vidraças quebradas” (ou seja, as mínimas marcas externas de desordem) e impedir quem quer que seja de quebrá-las de novo”. ”. Essa estratégia, como afirmou o criminólogo William Bratton, “funcionaria também em qualquer cidade do mundo.” Entretanto, para que o plano obtivesse sucesso, a polícia de Nova York inicialmente se empenhou numa vasta reestruturação burocrática e descentralização dos serviços sociais. A polícia procedeu também a um desenvolvimento de novas tecnologias informáticas, entre os quais o sistema Compstat, que permite seguir em tempo real a evolução de delitos e crimes, a fim de redistribuir “em fluxo tenso” os efetivos policiais nos setores atingidos. Finalmente, foram revistos os procedimentos do conjunto dos serviços de acordo com os esquemas dos gabinetes de consultoria em “engenharia empresarial” e foram implementadas ações precisas contra o porte de armas, o tráfico de entorpecentes, a violência conjugal, as infrações do código de trânsito etc, procedimento este adotado em contraponto a uma burocracia considerada pouco inspirada, passiva, corrompida, e que tinha adotado o hábito de esperar que as vítimas do crime, apresentassem a queixa para se contentar em registrá-la. Não sei se tais medidas seriam viáveis ou se surtiriam os mesmos efeitos em nossa cidade, o certo é que em Nova York o tolerância zero produziu, resultados positivos: os números da criminalidade diminuíram, a sensação de segurança da população aumentou, o prefeito foi reeleito, ganhou fama mundial etc.. Mas um dos fatores mais relevantes (para o sucesso do empreendimento) e que quase nunca é noticiado foi a fortuna (incalculável) gasta pelo poder público com o aprimoramento da estrutura policial, aumento de salários para os policiais, construção de centros de lazer para crianças e adolescentes, escola para todos, empregabilidade para quase a totalidade dos desocupados etc., o que, por aqui, parece difícil de acontecer, diante da secular inércia dos nossos governantes.

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