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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Hojé parei no semáfaro do cruzamento da Rua Dr. Santos/Barão do Rio Branco, e, por instantes fiquei a observar a oponência do prédio do antigo Hotel São José, local ondo nos idos dos anos 60 e 70 acolhia as personagens ilustres que passavam pela nossa modesta Montes Claros.Ao passar pela Rua Dr. Santos recordei do local onde funcionava a Lavanderia Estrela de propriedade o meu saudoso pai Luiz Costa.Alí vivi a minha infância. Tinhamos como vizinhos o Dr. Crisantino Borém,cuja imagem trago na memória quando o via chegar inpecável em seu traje branco.Quando eramos acometidos de alguma doença, aquelas tipicas de crianças, eramos levados a farmácia do Sr. Joel Rosa, o qual com maestria receitava o medicamento e aplicava-se logo uma injeção que era preparada em uma seringa de vidro com uma enorme agulha.Acho que aquela seringa era única na farmácia e compartilhada por todos os fregueses.Para parar o choro era presenteado com um ingresso do matiné do Cine Fátima.Certa feita fui juntamente com meus irmãos acordados no meio da madrugada para sairmos a rua e meio sonolentos contemplei ao longe o espetáculo das chamas que incendiavam o Hotel São Luiz. Eternas lembranças.Durante a noite ficava ouvindo as conversas dos feguentadores do Bar Guarani, ficava ao lado da lavanderia,não entendia por que aquelas pessoas ficavam alí até altas horas bebendo.Pela manhã era despertado por uma buzina, utilizada pelo leiteiro para avisar aos moradores que estava passando naquela rua.Recordo que o leiteiro passava em uma carroça, onde era adaptado um tanque,tendo ao fundo um recepiente de vidro que ao se abrir uma torneira podia-se medir a quantidade de leite desejado pelo freguês.Antes que fervesse o leite tinha que ir correndo até a Padaria Santo Antônio comprar o pão, em frente a padaria funcionava o Jornal de Montes Claros.Alí os gaotos formavam uma fila indiana para receber o jornal que seria vendido nas ruas e casas da cidades. Naquela êpoca jogavamos bola até o anoitecer na praça da catedral,utilizavamos os bancos das praças para uma partida de jogo de botões (as crianças de hojé não conhecem jogo de botões), ficavamos horas puxando pelas calçadas um carrinho de lata amarrado a um barbante(carro de lata bonito era aquele feito da lata amarela do óleo mariflor).Hojé como integrante da gloriosa Polícia Militar,e,próximos aos trinta anos de serviços, fico fazendo um paralelo dos jovens daquela êpoca com os dos tempos atuais.A noite os filhos são refém dentro da própria casa. As portas tem que estarem sempre trancadas e não se conhece mais os vizinhos.O dinheiro empregado para comprar ingresso para assistir um filme aos domingos à tarde são agora destinados a comprar drogas pelos adolescentes.Não se trocam mais figurinhas com o íntuito de se completar primeiro o album presenteado pelo dono da banca de revista.Os pacotinhos de figurinhas foram substituidos por papelotes de cocaína.Não existe mais o palito de picolé premiado e sim o prêmio para quem tira a vida de um semelhante. Dura realidade dos tempos atuais e saudades daqueles tempos.Era feliz e não sabia.

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