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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: O conselho do Conselho

Waldyr Senna Batista

O Conselho municipal antidrogas ( Comad ), instituído pela prefeitura, é simpático à proposta de limitação do horário de venda de bebidas alcoólicas em bares e similares de Montes Claros. Seu presidente, recém empossado, João Walter Godoy Maia, antes de viajar para o exterior, no início desta semana, manifestou apoio à tese que vem sendo defendida neste espaço.<br>Em mensagem dirigida à coluna, ele diz que se dispõe a “colocar este tema como uma das bandeiras de nossa administração”, depois de ouvidos os setores que a ele dizem respeito. E acrescentou: “Concordamos plenamente com o seu ponto de vista sobre a violência e, [lembramos que] em todos os países que temos visitado, a venda de bebidas alcoólicas é limitada a rígidos horários, o mesmo acontecendo nos postos de gasolina”.<br>O Comad integra o organograma da prefeitura, o que não significa que a opinião manifestada por seu presidente corresponde necessariamente ao ponto de vista do prefeito, que ainda não se pronunciou. Por se tratar de um conselho, o papel do Comad é apenas o de opinar e sugerir, podendo o prefeito acatar ou não as sugestões. É sabido que a violência tem múltiplas causas, pelo que seu enfrentamento exige múltiplas ações. Uma delas é, sem dúvida, a redução do consumo de bebidas. Assim, é de se imaginar que o prefeito Athos Avelino não se negará a dedicar atenção especial à sugestão que lhe vier a ser encaminhada pelo seu órgão de assessoramento.<br>Tendo solicitado permissão para utilizar os textos aqui publicados sobre o assunto em reuniões do conselho e em palestras que pronuncia, João Walter Godoy Maia aproveitou para informar que, em reunião realizada na semana passada, ele se antecipou, referindo-se à proposta, oportunidade em que os componentes do conselho manifestaram apoio à idéia, que ele pretende retomar tão logo retorne da Europa.<br>Também o ex-secretário municipal da Saúde, Eduardo Avelino, que foi o primeiro a propor a limitação do horário para o comércio de bebidas, aplaudiu o trabalho que aqui tem sido desenvolvido e abordou aspectos ainda não focalizados. Ele destaca que, além de influir para o controle da criminalidade, o menor consumo de álcool contribui para a melhoria da produtividade no trabalho e evita o excesso de faltas do trabalhador; melhora a convivência familiar, com a redução de conflitos dos casais; possibilita melhor relacionamento do pai com os filhos; faz com que os jovens que freqüentam escola tenham melhor condição de aprendizagem; diminui a ocorrência de acidentes de trânsito e no trabalho; favorece a melhoria das condições de saúde, já que bebida em excesso é fator de doenças.<br>Diante do clima de total permissividade predominante, incentivado pelos meios de comunicação e pela publicidade que relaciona o consumo de bebidas ao sucesso e à beleza, observações como essas do ex-secretário são quase sempre recebidas com menosprezo, tidas como fruto de um moralismo fora de moda. O moderno, segundo a conceituação vigente, é consumir bebidas em excesso, com manifestações que incluem infrações ao sossego público, danos ao patrimônio comunitário (como destruição de telefones públicos) e descaso com a limpeza dos logradouros, onde passeios e até pistas de rolamento são indevidamente usados no comércio de bebidas. Tudo isso representa variadas formas de violência.<br>Até por isso, as referências feitas pelo ex-secretário não podem ser desconsideradas, porque têm, seguramente, o respaldo do melhor que representa a sociedade.<br>Vale salientar que o próprio governo federal começa a adotar medidas destinadas a reduzir o consumo de álcool. Recente decreto do presidente Lula da Silva estende o conceito de bebida alcoólica para alcançar as cervejas, e estabelece horários para a publicidade desses produtos. A tendência, ao que parece, é aplicar às bebidas o mesmo tratamento dado ao cigarro.<br>Mais um motivo para que o prefeito Athos Avelino faça a parte dele, acatando sugestões que serão feitas pelo Comad, de limitação do horário para o comércio de bebidas, a exemplo do que já fazem inúmeras cidades.

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