Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: ELES FIZERAM HISTÓRIA E acabaram esquecidos HAROLDO LÍVIO A divulgação da lista de 150 personalidades agraciadas com a Medalha Civitas alusiva ao Sesquicentenário da Cidade, como se esperava, causou celeuma. Está dando pano pras mangas. Todos sabemos que isso de relacionar nomes é muito arriscado e costuma ser motivo de injustiças e clamorosas omissões. No caso, adotou-se, para a seleção dos nomes, um sistema eleitoral singelo em que 10 eleitores, separadamente, preencheram chapas com 150 indicações distribuídas em 15 campos de atividades. Foram mais de 1.000 nomes votados. Procedeu-se à apuração, no computador, que relacionou, então, os 150 nomes mais votados, na ordem geral. Evidentemente, houve acertos e houve desacertos. Considero desacerto a eleição de alguns dos votantes, incluído o autor destes rabiscos, o que deveria ter sido evitado, por causar constrangimento e lançar dúvida sobre a condução do pleito, que, todavia, foi absolutamente imparcial, registre-se. Ainda não consigo entender porque colegas votaram em nomes de menor expressão, como o meu, e deixaram de fora o nome emblemático do Dr. Mário Versiani Velloso, que foi o jucapratista nº 3. Por que razão não foi homenageado o jornalista José Carlos Lima, que se consagrou benemérito de Montes Claros e região? Não dá para entender. E a emenda, que se seguiu, ficou pior que o soneto, numa segunda lista, da medalha Urbes, pelo critério de indicação direta, em que estes dois ilustres personagens de nossa História ainda não foram incluídos. Nessa segunda lista, corrigiram-se algumas falhas gritantes, indicando Beto Guedes, Yara Tupinambá, Carlos Alberto Prates Correa, Yuri Popoff e outros artistas e intelectuais ausentes da primeira lista. Agora que Inês é morta, acredito que, para elaborar a primeira lista, que poderia ser única, uma comissão escrutinadora, sugerindo nomes e avaliando o mérito, teria se aproximado mais do ideal de justiça, tão difícil de ser alcançado. É voz corrente que a eleição nem sempre é justa, embora reflita a vontade soberana da maioria. Diz-se que o resultado das urnas deve ser respeitado. Talvez seja este um defeito do regime democrático. Eleições e nomeações à parte, sinto falta, nas duas listas, de nomes de relevo como o filantropo Aloysio Andrade de Faria que, desde a fundação do Hospital Clemente de Faria, injeta doações milionárias no orçamento daquela casa de saúde. Sinto falta, ainda, de nomes importantes como a professora Lília Câmara, o megaempresário Deraldo Calixto de Carvalho, o pioneiro José Dias de Sá (Juca de Chichico), que presenteou a pequena cidade de setenta anos atrás com o Grande Hotel São José. Será que o montes-clarense já se esqueceu de “seu” Cursino, que “bate o sino pra chamar os vicentinos”, que fundou a Cidade Cristo-Rei, a Igreja de São Judas Tadeu etc.? Será que José Dias (Juca) Macedo, o carteiro que conhecia todos os destinatários, que foi jogador de futebol, repentista e ator teatral, já se tornou desconhecido? Onde está a lembrança de Gentil Gonzaga, que fez o Colégio Marista pedindo ajuda de porta em porta? Onde está Hermenegildo (Monzeca) Chaves, admirado como figura monumental da imprensa brasileira? Onde está o jucapratista nº 2 Newton Prates? E Agenor Barbosa, que foi nosso maior poeta, segundo depôs seu concorrente Cândido Canela? Ele foi o único artista aplaudido na Semana da arte Moderna, em 1922. Hoje, aqui, poucos sabem que ele existiu e brilhou como estrela de primeira grandeza, no céu da Paulicéia. Portanto, haja listas e mais listas para reavivar a memória fraca de nossa cidade-pólo sesquicentenária que, desde o Censo de 1940, que registrou uma população de 10.000 almas, já era chamada de cidade cosmopolita, pelo elevado número de forasteiros.
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima