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Mensagem: Senhor Lafetà, também nao moro (mais) enm Montes Claros, mas exprimo meu acordo face a seus propositos. Quando as autoridades nao reagem mais, mesmo (ou deveriamos dizer sobretudo?) de fora nossa vontade é a de nos aliarmos a um movimento da populaçao para que o sentido da palavra ´povo´ de uma cidade volte a significar o que significa na origem, nao no sentido esnobe. O povo, sao aqueles que trabalham, pagam impostos, respeitam as leis que nos permitem de viver em um ´estado de direito´, tanto quanto os marginais. E` necessario, sim, tomar medidas preventivas, na educaçao para todos, numa outra ´igualdade das chances´, para nao se amarrar as pessoas na condiçao social por vezes desatrosas em que nasceram. Neste sentido, estou de acordo com o que subentende uma outra mensagem deixada neste mural. Mas se enquanto isto a unica forma de ´educaçao´ que se promove de maneira popular é a do exemplo da vermina que se sabe impune ou praticamente impune, me parece natural que os que sao levados viver nesta cidade tomem as rédeas da segurança afim de proteger suas familias. Ha muito tempo, vinha aqui gritar minha indignaçao quanto ao pouco de valor que a vida humana parece ter atualmente em nosso pais, especialmente em Montes Claros, minha cidade de coraçao, que abriga a maior parte de minha familia. Depois perdi a coragem, a fé, a confiança, a esperança em dias melhores por ai e entao deixei de escrever. Inclusive, porque tudo o que acontecia eram ´palavras´, durante o tempo em que o fato fosse noticia. E seguia-se inevitavelmente o esquecimento... Este ´caso de policia´ parece ter realmente sacudido o povo. E quero, pelo momento, tentar acreditar de novo. Mesmo de longe, serei uma aliada de coraçao...

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