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Mensagem: Sr. Paulo, da mensagem n° 25398, de Kiel, Alemanha, leio emocionada tua mensagem. Fala de amor e fala de mulheres. De uma maneira especial conclui que está em nossas mãos, o destino ou a salvação. Coincidência ou não, o romance que aos poucos vai tomando forma, fala de força feminina, dessa coisa misteriosa, que só as mulheres tem -excessiva numas, restrita noutras- chamada de intuição. Ouço muita música. Francesa, italiana, espanhola, brasileira ou mineira -que merece distinção como se um país fosse- nada posso conceber sem ela. Há pouco,ouvi uma canção que Zé Ramalho e Otacílio Batista, escreveram, num dia abençoado. Uma cearense de nome Amelinha, e de voz singular, cantou - e só ela poderia encontrar o tom perfeito. Fala de mulheres, das bravas guerreiras, que ilustraram a história e por elas (às mulheres, não à história), curvaram-se homens e nações. Sem querer ser feminista, ou dar asas a alma revolucionária que desde jovem me persegue, é como leitora frequente desse jornal eletrônico(que reporta os Montes como nenhum outro),que peço licença para deixar aqui registrada a beleza de uma canção, que pode ser uma aula de história, mas, sobretudo, poesia: Numa luta de gregos e troianos Por Helena, a mulher de Menelau Conta a história que um cavalo de pau Terminava uma guerra de dez anos Menelau, o maior dos espartanos Venceu Páris, o grande sedutor Humilhando a família de Heitor Em defesa da honra caprichosa Mulher nova, bonita e carinhosa Faz o homem gemer sem sentir dor Alexandre figura desumana Fundador da famosa Alexandria Conquistava na Grécia e destruía Quase toda a população Tebana A beleza atrativa de Roxana Dominava o maior conquistador E depois de vencê-la, o vencedor Entregou-se à pagã mais que formosa Mulher nova bonita e carinhosa Faz um homem gemer sem sentir dor A mulher tem na face dois brilhantes Condutores fiéis do seu destino Quem não ama o sorriso feminino Desconhece a poesia de Cervantes A bravura dos grandes navegantes Enfrentando a procela em seu furor Se não fosse a mulher mimosa flor A história seria mentirosa Mulher nova, bonita e carinhosa Faz o homem gemer sem sentir dor Virgulino Ferreira, o Lampião Bandoleiro das selvas nordestinas Sem temer a perigo nem ruínas Foi o rei do cangaço no sertão Mas um dia sentiu no coração O feitiço atrativo do amor A mulata da terra do condor Dominava uma fera perigosa Mulher nova, bonita e carinhosa Faz o homem gemer sem sentir dor. Judith Beck PS: a quem não conhece,digo: vale a pena buscar a história de cada uma dessas mulheres (e homens) citados.

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