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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Reviravolta no HAT

Waldyr Senna Batista

Caminha para desfecho surpreendente a queda-de-braço desfechada por grupo de médicos para assumir o controle do Hospital Aroldo Tourinho ( HAT). Esse atrito começou no ano passado, quando o então provedor, Humberto Souto, afastou-se para disputar a eleição à Câmara dos Deputados. Para substituí-lo, o grupo mantenedor da fundação indicou o empresário José Maria Marques Nunes, colaborador da entidade e ex-governador do Rotary International, que iria cumprir o restante do mandato.
Foi quando se deu a primeira manifestação dos médicos, que surpreenderam a assembléia lançando a candidatura do ex-reitor da Unimontes, José Geraldo de Freitas Drummond. O fato era inédito, porque até então não ocorrera disputa nas eleições de provedor. Isso gerou clima de tensão e tumultuou a reunião, tendo sido eleito o candidato situacionista com margem exígua de votos. Os patrocinadores da candidatura oposicionista, sob a liderança de Aristônio Canela, abandonaram o recinto, insatisfeitos com interpretação de norma estatutária que reduziu o número de votos que imaginavam ter.
Mas o conflito estava instalado e viria a recrudescer, meses depois, quando todos os médicos do hospital foram convocados para a eleição do diretor clínico. Dois candidatos se apresentaram. Um, lançado pelo grupo oposicionista, e, o outro, discretamente apoiado pelos dirigentes da entidade. Houve grande movimentação e o resultado foi o empate, tendo sido declarado eleito, pelo critério de idade, Eduardo Narciso Caetano. Essa eleição não alterou o funcionamento do hospital, uma vez que a função desse diretor limita-se ao corpo clínico. Porém, o resultado representou desgaste para o grupo dirigente e, certamente, iria influir na escolha do novo provedor.
Aberto o processo eleitoral para a provedoria, os médicos dissidentes voltaram a lançar o nome do ex-reitor da Unimontes, e o outro grupo ainda estava examinando alternativas, sem se fixar em nenhum nome, quando o ex-provedor Humberto Souto, agora deputado federal, manifestou o desejo de retornar ao posto, afirmando que seu relacionamento em Brasília poderia beneficiar a instituição. A eleição dele se processou por consenso.
Mas o deputado Humberto Souto anunciou agora que não assumirá o posto, alegando que o Tribunal de Contas da União , de que se afastou há pouco tempo, vê conflito no exercício cumulativo da provedoria de entidade que recebe recursos do governo federal com o mandato parlamentar. Pediu a convocação de assembléia para a escolha do novo provedor, tendo, surpreendentemente, indicado para o cargo o ex-reitor José Geraldo de Freitas Drummond.
À primeira vista, a nova situação coloca em xeque o grupo que administra o HAT, que teria como alternativas: bater chapa, lançando outro candidato, ou jogar a toalha, apoiando o nome indicado. É possível que prevaleça a segunda opção, pois, apesar dos antecedentes, devido à forma inadequada com que foi indicado da primeira vez, o ex-reitor da Unimontes tem livre trânsito também no núcleo dirigente do hospital.
De certo, por enquanto, o que se sabe é que o diretor-superintendente Alexandre Pires Ramos não permanecerá, qualquer que seja a decisão. Ele já está arrumando as gavetas, depois de 17 anos no posto em que comandou a transformação do desmoralizado hospital municipal, em que ratos mutilavam pacientes, no hospital que é hoje um dos mais completos do Estado. Isso exigiu investimento total superior a cinco milhões de dólares, com aportes da Fundação Rotária, da comunidade e dos governos federal, estadual e municipal.
Ele acha que a alternância será positiva, no momento em que o HAT se lança em projetos inovadores, entre eles a implantação da universidade corporativa, para cursos de pós-graduação. Em parceria com empresas que atuam na área de saúde, esse projeto visa a qualificação de profissionais, com ações no campo da genética, da pesquisa e da extensão. Mas a instituição tem também desafios, como o de superar o gigantesco déficit ( R$ 3 milhões no balanço do ano passado) provocado pela baixa remuneração do SUS, que já levou ao fechamento cerca de 150 hospitais em todo o país.

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