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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Gerberas. Nas cores amarela e laranja, em ramagens de tangos. E alecrim.<br><br>(Gerbera, prima das margaridas, irmã dos girassóis. <br><br>Alecrim, que entre nós veda “o mau olhado”, e que para os mediterrâneos, de onde veio, é o símbolo máximo do amor - a ´ros marinus´, a ´rosa do mar´.<br> <br>- “Alecrim, alecrim dourado/ que nasceu no campo/ sem ser semeado/ foi meu amor,/ que me disse assim:´que a flor do campo, é o alecrim´. <br><br>O perfume do alecrim selando os guardanapos brancos). <br><br>E, sobre tudo, a tarde esfuziante. <br><br>Foi assim que a ensolarada tarde de sábado - o melhor presente - exultou os 90 anos de Luiz de Paula Ferreira. <br><br>(E que, a rigor, só fechará a conta das 9 décadas nesta quarta-feira, dia 27 de junho). <br><br>É, sem favor, entre os montesclarense nascidos na Várzea da Palma o mais montesclarense de todos. <br><br>Aquele que o fundador do Instituto Norte Mineiro de Educação, o professor João Luiz de Almeida, ele integrante do célebre “Grupo Verde´, de Rosário Fusco e Ascânio Lopes - da sua Cataguazes natal, apontou como o melhor aluno da escola.<br><br>O menino, estudioso e ensimesmado, como sugere a foto, deixou a venda do pai, de pés no chão, e transformou-se, por esforço de autodidata aplicado, em industrial, poeta e compositor.<br><br>E agora, aos 90 anos, dá os passos iniciais para a travessia do centenário, depois de publicar dois livros inaugurais: “Na Venda do Meu Pai” e “Momentos”, tão bem recebidos. <br><br>É o autor celebrado que há 50 anos pode colher, ver e ouvir, por onde vai, a emoção que desperta sua música “Montes Claros Centenária”, hino de, e a M. Claros, e que divide com a modinha “Amo-te Muito” o topo da inspiração musical desta musical cidade. <br><br>De Brasília, veio o amigo e vice-presidente da República José Alencar juntar-se aos 300 parentes e amigos reunidos para a data que pediu, e obteve, música romântica, tango, bolero e saudades.<br> <br>Mesmo o convite veio em poesia, último refúgio da mente operosa, e onde o nonagenário, estalando de novo em prontidão física e mental, reencontra-se repetidamente:<br><br>´Ao retornar ao passado/ trilhas da lembrança/ a alma se faz criança/ revendo um mundo encantado./ Cada novo passo dado a um outro passo convida /e nessa marcha invertida /eu vou encontrando a esmo /os pedaços de mim mesmo /deixados ao longo da vida”.<br><br><br>Foi (mais uma) tarde montesclarense autêntica. <br><br>(E que se vão tornando raras, à medida que as cidades – identificou um dia o poeta – tangenciam a hora dolorosa “em que querem ser diferentes de si mesmas”).<br> <br>Com a esposa Isabel (a jovem professora que de fato criou o ensino superior em M. Claros, homenagem que lhe é devida), e ao lado dos filhos todos, da família, dos amigos do peito, Luiz de Paula colheu, quem sabe na retina por vezes cansada, mas vívida, recolheu o que auto-psicografou no verso-convite. <br><br>E debaixo de ruidosos aplausos. Ouçamos todos.<br><br>Na tarde esplêndida de M. Claros. Tarde de sábado. <br><br>Ensolarada alta tarde de gala.<br><br><br>***<br><br>(Nas fotos, Luiz de Paula, Isabel e o amigo Alencar, vice-presidente, em torno dos 90 anos. E as gerberas)

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