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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Manoel Hygino
Uma dívida não quitada

O descaso dos governos pelo Norte de Minas vem de longe, sendo uma tônica de sucessivas administrações. De década em década, surge uma iniciativa louvável, como se ela resgatasse a imensa dívida, econômica e social, que o Estado, como instituição, deve à região.
Aconteceu com a Sudene. A força revitalizadora, tornando Montes Claros, Pirapora e Várzea da Palma pólos de trabalho e centros aglutinadores da economia, foi uma dessas iniciativas fecundas. Mas o organismo foi perdendo vigor, diminuindo e poder multiplicador, até que se defez, embora legando resultados que o povo seguiu impulsionando com denodo nesses núcleos geradores de riquezas.
O projeto Jaíba, que representou tantas esperanças para a região, não deslanchou convenientemente. No campo rodoviário, Andreaza ligou Montes Claros a Salinas, Francelino ligou Montes Claros à Jaíba, Hélio Garcia e Eduardo Azeredo construíram a tão sonhada ponte sobre o Rio São Francisco, entre Maria da Cruz e Januária.
Mas o grande liame entre regiões privilegiadas não se consumou ainda. Impõe-se a continuação do projeto, mediante a ligação da ponte entre o São Francisco e a rodovia asfaltada para Montes Claros-Januária-Brasília. É a chamada Estrada do Gás, porque ali a Petrobras tem detectado fortíssimas emanações do gás, que irá transformar a economia regional, retirando-a do estado de pobreza atual e direcionando-a para um futuro venturoso, que pode não estar distante.
Tudo dependerá do poder público, do Governo, do efetivo interesse em encerrar a longa espera. Populações inteiras aguardam a agilização do processo, para que saíam da penúria. E que, também, diminuirá ou, quem sabe, livrará a nação da dependência na importação de produto essencial ao desenvolvimento nacional e ao consumo doméstico.
Esperar até quando?
Voltando ao plano rodoviário, há de se raciocinar que o trecho de estrada que falta concluir, entre Januária e Arinos, é de 180 quilômetros. É de fácil construção, dividida nos subtrechos Januária-Pandeiros, com 60 quilômetros; Pandeiros-Serra das Araras, com 40 quilômetros; e o subtrecho também de 80 quilômetros de Serra das Araras a Arinos, esta já ligada por aslfato a Brasília.
Bom enfatizar que, de Serra das Araras, chega-se com facilidade à Chapada dos Gaúchos, área agrícola excelente, que poderia expandir-se, mediante o escoamento da produção por uma estrada asfaltada, plana, de fácil utilização. Seria importante elo econômico e social, um liame sob todos os títulos valioso para regiões unidas sentimental e historicamente.
São espaços de notáveis potencialidades, ainda estacionados em progresso, como parados no tempo. Daí, a desesperança que habita os corações de sua população, renovadamente atraída à tentativa de melhor sorte nos grandes centros urbanos.
Cícero diria: até quando abusarás de nossa paciência?
Quanto ao turismo, dispensaria comentários. Poderia ser incrementado em Januária, nas lindas praias do São Francisco, na construção de hotéis que atendam à demanda atual dos visitantes, sempre mais exigentes. Não faltam atrações em toda a margem do rio da unidade nacional, que mais poderá sê-lo, se convenientemente explorado. Para isso, imprescindíveis investimentos do poder público e do empresariado.
No caso específico de Januária, importante pólo econômico e produtor no passado, dir-se-á que lá estão as atrações de Brejo do Amparo e da primeira igreja construída em Minas e no Vale do Peruaçu.
A grande obra espera ansiosamente o Governo.

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