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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: GÊRA CAPA DE REVISTA<br><br>Era um campeão de energia. Biótipo médio, magro, quase sisudo, caucasiano. Corpo e cara do cantor Ney Matogrosso. Este, assim como ele, um leonino.<br>Na pia batismal da igrejinha dos rincões campesinos do Brejo das Almas recebeu o nome de Geraldo Caíres. Para os muitos amigos diletantes era Gêra Capa de Revista. Orlando, amigo e companheiro de estrada o chamava de Gera Paia, açulando-o, já que o mesmo fora bem de vida no início dos anos 70.<br>Gera, assim como o seu pai, só andava nos trinques!<br>Chamavam-no mesmo de Gêra do Brejo, como uma homenagem à querida cidade de Francisco Sá, sua origem campestre. Passou os seus mais profícuos anos de vida aqui nos Montes Claros, onde transitava no mercado de veículos.<br>Captador, vendedor, gerente e proprietário de uma conhecida agência de automóveis, a qual ele mesmo chamava de Internacional. Era sua a máxima “vir a Montes Claros e não visitar a Agência Internacional é a mesma coisa que ir a Roma e não beijar a mão do Papa”<br>Carismático como pessoa e como profissional angariou um vasto círculo de amizades e de admiradores. Dotado de bom humor e portador de um coração de ouro, aparava o cavaco de todos os amigos que o procuravam, pois não sabia dizer “não”. Muitos abusaram da sua bondade e do seu bolso sempre farto.<br>Vestia com esmero roupas da moda e mesmo clássicas. Sapatos de verniz ou de pelica. No inverno usava blusões importados, com forro de pele de carneiro, sobre uma camisa de seda chinesa.<br>Comercialmente era uma águia. Como convinha a um bom negociante tinha a palavra fácil e ouvido de mercador.<br>Fora do serviço era o dono da noite. Bons restaurantes, bares, boates. Nas pistas de dança um tremendo pé de valsa. Rolava com as damas da noite. Tinha a boca de glutão e vivia num “dolce far niente”. Aonde chegasse para farrear era animação na certa!<br>Um amigo do peito! Corajoso e destemido, defendia os amigos e companheiros de jornada. Ajudou-me a enfrentar uma situação de perigo em 1980. Aparou o cavaco na hora! Quando saía para farrear portava dois revolveres 38, puro exibicionismo, ocasião em que eu o chamava de “cintura 76”.<br>Um guerreiro com alma espiritualizada em um coração terra-terra. Gostava de um bom vinho, de um “scoth on the rocks”, e um coquetel “Manhatan”. Viveu e morreu de forma exótica! Em um acidente automobilístico sob uma ponte. Os amigos passaram dias à procura do seu corpo, cabendo a Tim Silveira, seu conterrâneo, encontra-lo numa manilha.<br>Sabemos que nos mundos Súperos, onde certamente se encontra, será sempre um amigo. O nosso querido e inesquecível Gêra Capa de Revista!

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