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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Ventos de Agosto Estamos em junho, mas recebo, das mãos de Edgar Antunes Pereira, douto diretor do Jornal de Notícias, meu dileto amigo, de quem sou admirador, um exemplar, em antecipação de lançamento (ainda não ocorrido) de seu livro de crônicas - VENTOS DE AGOSTO - com um autógrafo muito pessoal, que me surpreendeu e, ao mesmo tempo, me fez sentir um pouco melhor do que realmente sou. Coisas da amizade. Observa Wanderlino Arruda, no Prefácio, que VENTOS DE AGOSTO é ´um livro com toques de quem fala bem a linguagem de jornal, com perfeita musicalidade de quem sabe a boa ciência de contar causos, busca surpreender o leitor do princípio ao fim´ e José Luiz Rodrigues, na Apresentação, vê o menino Edgar soltando pipas aos ventos e, com sua veia poética, sempre presente, nos faz lembrar que na infância o baile da vida, com os pés em terra firme e os sonhos no infinito, tem cheiro de anjo e em cada anjo uma história. Edgar inicia o seu livro com um adeus a seu irmão Ernani, que tão cedo nos deixou. Numa recente missa, pela passagem do sétimo dia de falecimento do filho de outro grande amigo, o padre afirmou que ao nascer para a vida a criança chora e todos os parentes riem e que no final dela o falecido sorri enquanto todos choram. Zulma Antunes Pereira, em uma de suas poesias, que complementam o livro, declara: ´Nasce a criança / E cheio de vida / Acalma o vagido / Nos braços da mãe´. O choro inicial, necessário à vida, é acalmado nos braços da mãe. O choro final, indispensável à saudade, é necessário à lembrança. Quem parte vai sorrindo especialmente quando, em vida, como lembra o mesmo Edgar, conheceu percalços e sucessos, e ousou, como só fazem os determinados, deixar um exemplo de empreendedorismo. É sempre bom lembra, com Epicuro, que não devemos temer a morte, porque, enquanto somos, ela não existe e quando ela passa a existir nós deixamos de ser. E, se deixamos de ser, não sentimos nada. O livro nos traz crônicas valiosas, que compõe o conteúdo de uma existência voltada para o jornalismo, para a informação, para a contestação, para a valorização da vida, para a recordação. Recordação de Contendas, dos sinos da matriz de Sant`Ana e tantas outras. Não sou muito de acreditar em vidas passadas por uma mesma pessoa, todavia, Edgar nos mostra, em uma de suas crônicas, a terapia da regressão. Se outras vidas são possíveis de serem vividas, é bem provável que o próprio Edgar tenha sido um nobre no tempo do Império. Nobre no preciso sentido da palavra. Necessariamente não estarei presente quando ocorrer o fim do homem na face da terra, quando florescerá o domínio das mulheres. Não que seja contra elas, ao contrário. Efetivamente elas, na luta pelo poder, já atingiram o ponto alto da evolução, como lembra Edgar. E como alcançaram! A ciência já produz espermatozóides, necessários à reprodução, a partir de células tronco, sem a necessidade da presença do homem. Elas, as mulheres, como informa Edgar, podem se satisfazer sexualmente através do lesbianismo ou da masturbação. Não necessitam do homem. A luxúria, um dos sete pecados capitais, transformou-se em impulso sexual, exorcizando o pecado e permitindo a satisfação dos sentidos mais íntimos da mulher, sem a presença do homem, que vai sendo descartado paulatinamente. Nesse ponto Edgar foi além de Freud. A felicidade, tão bem descrita por Zulma Antunes, será substituída pelo corpo físico de outra mulher: ´Estranha visitante se aproxima / devagarinho, silenciosa, quase tenra / penetra no meu quarto, e de mansinho / envolve o meu corpo num abraço´. VENTOS DE AGOSTO, como a devida licença que peço a Wanderlino Arruda, é um livro confessional.

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